Assembleia
Legislativa aprovou o projeto que concede aumento de 22,22% aos professores de
nível médio, mas não estendem o reajuste aos outros docentes
Fonte: Terra
Os professores da rede estadual
de ensino da Bahia decidiram em assembleia nesta quarta-feira que a greve,
iniciada no último dia 11, continua. Na noite de terça, a Assembleia Legislativa
aprovou o projeto que concede aumento de 22,22% aos professores de nível médio,
mas não estendem o reajuste aos outros docentes.
O movimento acontece exatamente
porque, segundo sindicato da categoria, o governador Jaques Wagner (PT) havia
feito um acordo com os professores de que concederia o aumento a todos os
professores. Para o presidente da APLB Sindicato, Rui Oliveira, não houve
nenhuma movimentação do governo para negociar o fim da greve e a desocupação da
Assembleia Legislativa, que acontece desde o dia 13.
A votação na casa legislativa
ocorreu com aprovação após 33 votos a favor, 19 contra e duas abstenções. A
única deputada do governo a votar contra o projeto foi a petista Luiza Maia. Já
Kelly Magalhães (PcdoB), absteve-se do voto. Além do projeto que concede
reajuste, um outro também foi votado para transformar benefícios da classe em
subsídios. O sindicato alega que esta matéria retira todas as conquistas dos
trabalhadores e que, no final do processo, os docentes baianos saíram totalmente
prejudicados.
Além disso, o Tribunal de Justiça
da Bahia decidiu manter a decisão da 5ª Vara da Fazenda Pública, que
considerou a greve abusiva. O desembargador Gesivaldo Brito negou o pedido de
liminar da APLB e sustentou que a educação é um serviço essencial e que,
portanto, não pode ser interrompido. O sindicalista não quis falar sobre o
assunto e disse que o departamento jurídico da APLB trabalha para reverter a
situação.
Os professores devem se reunir em
assembleia na sexta-feira, na Assembleia Legislativa, onde farão um enterro
simbólico do governador Jaques Wagner e dos deputados que votaram a favor das
novas leis
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