PESQUISA

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Cotado para presidência do Inep enfrenta oposição

31 de janeiro de 2012

Homem de confiança de Haddad, Luiz Cláudio Costa é alvo de críticas de servidores

Fonte: Agência Estado




Cotado para assumir o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), o secretário de educação superior do MEC (Ministério da Educação), Luiz Cláudio Costa, enfrenta resistência no órgão. Na segunda-feira (30), ele se reuniu com a atual presidente, Malvina Tuttman, para discutir a transição, apesar de o MEC não confirmar sua ida para o órgão e dizer que o martelo ainda não foi batido.

Filiado ao PT e homem de confiança do ex-ministro Fernando Haddad, Costa é alvo de críticas por parte de servidores do Inep, que encaram a troca de comando como uma questão política: sai uma educadora de perfil técnico, entra um petista especializado em engenharia agrícola.

O cargo de presidente do Inep é um dos mais vulneráveis de Brasília: esta é a quarta mudança pelo quarto ano consecutivo. Malvina é vista no Inep como uma presidente que lutou a favor do instituto e cobrou o consórcio Cespe/Cesgranrio quanto à aplicação do Enem.

Malvina não presidia o Inep em outubro de 2010, quando questões do pré-teste vazaram de um colégio de Fortaleza. Tem mestrado e doutorado na área de educação, com destaque para as áreas de planejamento e avaliação educacional.

Costa, por sua vez, tem graduação em matemática e mestrado em meteorologia agrícola pela UFV (Universidade Federal de Viçosa), instituição da qual já foi reitor.Também é mestre em meteorologia agrícola pela UFV e possui Ph.D. na mesma área pela Universidade de Reading, na Inglaterra. É professor do Departamento de Engenharia Agrícola da UFV. Entre suas áreas de atuação estão agrometeorologia, engenharia de água e solo e impactos de mudanças climáticas na agricultura.
À frente do Inep, a realidade será outra: deverá tratar do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e outras avaliações, como o Censo Escolar, o Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) e o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos).
O coordenador-geral da Campanha Nacional Pelo Direito à Educação, Daniel Cara, critica as mudanças no órgão.

- Quanto mais se trocam os presidentes, mais o Inep fica distante de retomar a função primordial de produzir dados sobre educação, refletir sobre eles e torná-los públicos com transparência. O Inep devia ser o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) da educação e gozar da mesma autonomia, mas está muito distante disso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário