Marilda
de Abreu Araújo e Abdon Geraldo Guimarães estão acampados dentro da Assembleia
Legislativa ingerindo apenas água e dizem que não vão ceder até que o governo
cumpra com a Lei do Piso
Fonte: Terra
NEY RUBENS
Direto de Belo Horizonte
Direto de Belo Horizonte
A greve de fome de dois
professores estaduais de Minas Gerais completou nove dias nesta terça-feira. Os
educadores Marilda de Abreu Araújo e Abdon Geraldo Guimarães estão acampados
dentro da Assembleia Legislativa ingerindo apenas água e dizem que não vão
ceder até que o governo cumpra com a Lei Nacional do Piso, que determina o
pagamento de R$ 1.187 de vencimento básico.
Com uma aparência que estampa o
cansaço após nove dias sem alimentação, Marilda conta que apesar de tudo a
saúde ainda está boa. "Hoje a gente começou a sentir uma fraqueza, um
pouquinho de dor na perna, mas o médico já passou por aqui e a gente ainda
consegue resistir algum tempo".
Com seus 32 anos de ensino na
rede estadual, Marilda diz que já passou por várias greves no Estado, mas que
em nenhum o governo foi tão intransigente quanto nesta. "É a primeira vez
que a gente vê um governo do Estado tão insensível com relação à
educação", afirma a professora. E é isso que ela disse ser o principal
motivador para continuar em greve de fome por tanto tempo.
Apesar das acusações contra o
governo, diz que têm sido tratada com respito durante os dias de permanência na
Assembleia Legislativa.
"A gente tem muito a agradecer, principalmente à segurança da Assembleia Legislativa, que tem dado todo o apoio", diz. Os dois professores afirmam que somente encerrarão a greve de fome quando o governador resolver negociar ou quando a greve tiver o seu fim.
"A gente tem muito a agradecer, principalmente à segurança da Assembleia Legislativa, que tem dado todo o apoio", diz. Os dois professores afirmam que somente encerrarão a greve de fome quando o governador resolver negociar ou quando a greve tiver o seu fim.
Cerca de 300 professores
permanecem acampados nesta tarde em frente à casa legislativa e exigem o
aumento do piso salarial. De acordo com o sindicato da categoria, a instrução é
para que a greve continue até que seja cumprido pelo governo mineiro o piso
salarial determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
STF considera paralização ilegal
Na segunda-feira, o STF indeferiu o pedido de liminar do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação em Minas Gerais (Sind-Ute) solicitando a suspensão da decisão do desembargador Roney Oliveira, do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-MG), que considerou ilegal a paralisação.
O TJ-MG havia determinado o imediato retorno dos servidores às salas de aula sob pena de multas que variam de R$ 20 mil a R$ 50 mil por dia não trabalhado. O Sind-Ute informou que vai recorrer da decisão do STF. Os professores estaduais estão em greve há 112 dias
Na segunda-feira, o STF indeferiu o pedido de liminar do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação em Minas Gerais (Sind-Ute) solicitando a suspensão da decisão do desembargador Roney Oliveira, do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-MG), que considerou ilegal a paralisação.
O TJ-MG havia determinado o imediato retorno dos servidores às salas de aula sob pena de multas que variam de R$ 20 mil a R$ 50 mil por dia não trabalhado. O Sind-Ute informou que vai recorrer da decisão do STF. Os professores estaduais estão em greve há 112 dias
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