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sexta-feira, 17 de junho de 2011

MAIORIA DAS ASSEMBLEIAS DECIDE MANTER PARALISAÇÃO


A previsão de uma assembleia estadual, que dá a palavra final sobre a decisão, é somente para daqui a 11 dias; diante do quadro, o governo vai rodar a folha de pagamento com o desconto dos dias parados

Fonte: Diário Catarinense (SC)

Os professores votaram pela continuação da greve, ontem, na maioria das assembleias regionais. A previsão de uma assembleia estadual, que dá a palavra final sobre a decisão, é somente para daqui a 11 dias. Diante do quadro, o governo vai rodar a folha de pagamento com o desconto dos dias parados.

Os docentes prometem não repor as aulas se isso acontecer.Das 30 assembleias regionais realizadas ontem, 26 tiveram os dados apurados até o fechamento desta edição. Destas, apenas a de Curitibanos votou pelo fim da greve.

De acordo com a secretária-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), Anna Júlia Rodrigues, os encontros demonstraram que os professores não aceitam os prazos apresentados pelo Estado para recompor a tabela salarial e os valores da regência da classe – uma gratificação sobre o salário –, que foi reduzida na proposta do governo.

– Isso só aconteceria a partir de 2012, prazo considerado muito longo pela categoria – explicou.

Apesar de sinalizarem pela manutenção da greve, que completa 31 dias hoje, a decisão final sai de uma assembleia estadual. A secretária-geral do sindicato informou que ela será marcada para a semana pós-feriado de Corpus Christi.

Em Florianópolis, os professores estiveram reunidos na Praça Tancredo Neves, no Centro. Também estavam presentes os docentes de São José. Eles foram unânimes pela continuação da paralisação. Depois do encontro, eles caminharam até o Terminal de Integração Central (Ticen).

Descontos poderão ser repostos
O governo publicou uma nota, ontem, confirmando que a folha roda a partir de hoje com os descontos das faltas. Não está decidido se os salários serão pagos conforme o texto da medida provisória, em tramitação na Assembleia Legislativa, que paga o piso nacional de R$ 1.187 para os docentes que ainda não recebiam isso no salário-base – 53% do total.

Sobre a possibilidade de não reposição das aulas, o secretário-adjunto da Educação, Eduardo Deschamps, afirmou que o governo irá repor o desconto para os professores que recuperarem os dias letivos parados.

O texto com a mudança salarial, de acordo com a última proposta apresentada, será enviado à Assembleia na próxima semana, na forma de projeto de lei complementar.

Com ela, o menor salário-base passa a ser o piso de R$ 1.187, e a menor remuneração, somando a regência de classe, fica em R$ 1.388,79. Todos os docentes ganham reajuste de 7% a 44%.

JÚLIA ANTUNES LORENÇO
julia.antunes@diario.com.br







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