04 de junho de 2011
O Sindiute tem se destacado na luta sindical dos professores como uma
entidade incisiva e radical
Fonte: O Povo (CE)
Na condução da
sexta greve durante o governo da prefeita Luizianne Lins (PT), o Sindicato
Únicos dos Trabalhadores em Educação (Sindiute) explica que as greves
de professores são recorrentes porque a gestão municipal não cede às
queixas da categoria antes que as paralisações aconteçam.
“A greve acontece porque a Prefeitura só negocia conosco quando estamos em paralisação. A cada ano nós tivemos conquistas significativas que só foram possíveis com a categoria parada”, resume a professora Gardênia Baima, da direção colegiada do Sindiute.
Com o significativo slogan “nossa Escola de luta”, o Sindiute já se destaca em relação ao comando sindical que representa os professores do Governo do Estado como uma entidade mais incisiva – e até mais radical na busca de seus objetivos.
Como exemplo recente, a invasão de manifestantes do Sindiute ao plenário da Câmara Municipal, ocasião em que interromperam os trabalhos legislativos e foram responsáveis pela saída dos parlamentares do espaço reservado aos legisladores.
Enquanto o Sindiute já acumula a experiência de seis greves só nos cinco anos e meio da gestão de Luizianne Lins, nos quatro anos e meio de gestão do governador Cid Gomes (PSB), os professores estaduais fizeram paralisações em duas ocasiões: a primeira em 2008 e depois em 2009.
Em ambos os casos, tendo como motivação a adesão de Cid à Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) que questionava no Supremo Tribunal Federal (STF) a lei que fixou para o Brasil um piso salarial a ser pago aos professores de nível médio.
Sem frequência
Na linha de frente de negociação com os professores, o secretário de Administração do município, Vaumik Ribeiro, não enxerga como frequentes as greves, lembrando que ano passado não houve paralisação. Vaumik também confronta a ideia que de que a Prefeitura não tem abertura para o diálogo.
“Desde 2009, quando a greve daquele ano se resolveu, nós estamos em negociação permanente com a categoria. Ano passado não tivemos paralisação e esse ano só ocorreu essa greve em função do entendimento do STF ”, explica, se referindo à interpretação da Justiça de que o piso salarial nacional dos docentes deve ser pago em forma exclusiva de vencimento-base. (Pedro Alves)
ENTENDA A NOTÍCIA
A direção do Sindiute reconhece que tem alcançado conquistas significativas para a categoria nos últimos anos, mas considera que isso só tem sido possível por meio da utilização do instrumento da greve.
Os professores e a Lei do Piso
No início de abril, o STF decidiu que para o cálculo do piso salarial dos professores deverá ser considerado apenas o valor pago como vencimento-base. Pela lei, o piso corresponde hoje a R$ 1.187.
Em Fortaleza, o piso atual é de R$ 1.003,65 para professores de nível médio, mas o município paga mensalmente outros 50% sobre este valor, referente à regência de classe.
Após o entendimento do STF, a Prefeitura enviou à Câmara projeto de lei alterando vencimento-base para a carreira de nível médio de R$ 1.211,73 – valor que contempla a lei do piso. Para os professores de nível médio, o aumento no vencimento base fica em 18% enquanto que para graduados, especialistas, mestres e doutores o reajuste proposto na nova tabela é de apenas 2%.
O Sindiute entende que a prefeitura não cumpre a lei, porque o piso para o nível médio deve ser referência para os demais níveis e as readequações deveriam ser proporcionais – com o mesmo índice de reajuste para a totalidade dos docentes
“A greve acontece porque a Prefeitura só negocia conosco quando estamos em paralisação. A cada ano nós tivemos conquistas significativas que só foram possíveis com a categoria parada”, resume a professora Gardênia Baima, da direção colegiada do Sindiute.
Com o significativo slogan “nossa Escola de luta”, o Sindiute já se destaca em relação ao comando sindical que representa os professores do Governo do Estado como uma entidade mais incisiva – e até mais radical na busca de seus objetivos.
Como exemplo recente, a invasão de manifestantes do Sindiute ao plenário da Câmara Municipal, ocasião em que interromperam os trabalhos legislativos e foram responsáveis pela saída dos parlamentares do espaço reservado aos legisladores.
Enquanto o Sindiute já acumula a experiência de seis greves só nos cinco anos e meio da gestão de Luizianne Lins, nos quatro anos e meio de gestão do governador Cid Gomes (PSB), os professores estaduais fizeram paralisações em duas ocasiões: a primeira em 2008 e depois em 2009.
Em ambos os casos, tendo como motivação a adesão de Cid à Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) que questionava no Supremo Tribunal Federal (STF) a lei que fixou para o Brasil um piso salarial a ser pago aos professores de nível médio.
Sem frequência
Na linha de frente de negociação com os professores, o secretário de Administração do município, Vaumik Ribeiro, não enxerga como frequentes as greves, lembrando que ano passado não houve paralisação. Vaumik também confronta a ideia que de que a Prefeitura não tem abertura para o diálogo.
“Desde 2009, quando a greve daquele ano se resolveu, nós estamos em negociação permanente com a categoria. Ano passado não tivemos paralisação e esse ano só ocorreu essa greve em função do entendimento do STF ”, explica, se referindo à interpretação da Justiça de que o piso salarial nacional dos docentes deve ser pago em forma exclusiva de vencimento-base. (Pedro Alves)
ENTENDA A NOTÍCIA
A direção do Sindiute reconhece que tem alcançado conquistas significativas para a categoria nos últimos anos, mas considera que isso só tem sido possível por meio da utilização do instrumento da greve.
Os professores e a Lei do Piso
No início de abril, o STF decidiu que para o cálculo do piso salarial dos professores deverá ser considerado apenas o valor pago como vencimento-base. Pela lei, o piso corresponde hoje a R$ 1.187.
Em Fortaleza, o piso atual é de R$ 1.003,65 para professores de nível médio, mas o município paga mensalmente outros 50% sobre este valor, referente à regência de classe.
Após o entendimento do STF, a Prefeitura enviou à Câmara projeto de lei alterando vencimento-base para a carreira de nível médio de R$ 1.211,73 – valor que contempla a lei do piso. Para os professores de nível médio, o aumento no vencimento base fica em 18% enquanto que para graduados, especialistas, mestres e doutores o reajuste proposto na nova tabela é de apenas 2%.
O Sindiute entende que a prefeitura não cumpre a lei, porque o piso para o nível médio deve ser referência para os demais níveis e as readequações deveriam ser proporcionais – com o mesmo índice de reajuste para a totalidade dos docentes
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