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quinta-feira, 28 de abril de 2011

GREVE DOS PROFESSORES TEM ADESÃO PARCIAL

28 de abril de 2011


Estava prevista uma reunião com o titular da SAM, Vaumik Ribeiro, que acabou sendo adiada para hoje
Fonte: Diário do Nordeste (CE)
Cerca de 300 professores participaram, ontem, de uma manifestação em frente à sede da Secretaria de Administração do Município (SAM). O ato aconteceu no primeiro dia de paralisação da categoria, fazendo com que algumas escolas municipais funcionassem parcialmente.

A manifestação começou por volta das 10 horas. Boa parte dos manifestantes ficaram reunidos sob dois toldos instalados num trecho de um quarteirão da Avenida Pontes Vieira, já quase no cruzamento com a Avenida Raul Barbosa.

Em vista da intensidade do tráfego, agentes da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania de Fortaleza (AMC) auxiliaram os condutores de veículos nos desvios daquela área.

Também estava prevista uma reunião com o titular da SAM, Vaumik Ribeiro, que acabou sendo adiada para hoje (sexta-feira), às 15 horas.

O adiamento motivou a militância a declarar palavras de ordem. O militante Wellington Monteiro, que ensina na Centro Municipal de Educação e Saúde Francisco Domingos da Silva, disse que o adiamento já era esperado pela categoria.

No entanto, a manifestação foi enfática em avisar pelo sistema de som e nas faixas, que os professores estão em greve por tempo indeterminado. O motivo é o não pagamento do piso salarial, que foi garantido no dia 6 de abril passado, em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Sobre essa questão, o secretário Vaumik Ribeiro explicou que, por ser tratar de uma decisão judicial recente, o Município terá que fazer uma adaptação de seus recursos para o pagamento da folha de pessoal, conforme determina a Lei e que será obedecida.

Ele salientou que o adiamento não se tratou de uma estratégia, mas um recurso em se tornar consequente, haja vista que há outras decisões em tramitação no STF. "A Prefeitura está revendo todos os reajustes que foram dados inclusive este ano, mas a lei deverá ser cumprida", ressaltou Vaumik.

Improcedente
No fim da tarde de ontem, o STF julgou improcedente ação contra a lei do piso salarial dos professores que estabelece um terço da jornada de trabalho de 40 horas fora da sala de aula, em atividades de planejamento.

Na prática, a decisão mantém a norma que reduz o tempo dos professores dentro de sala de aula. Mas, por causa de um empate no julgamento, a decisão só vale para os estados que questionaram a lei: Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Ceará.

O município de Fortaleza não estaria obrigado. Daí, a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Educação  (SME) dizer que as reivindicações dos grevistas já não teriam mais força e a gestão não seria mais obrigada a pagar pelas horas fora da sala de aula.

MARCUS PEIXOTO
REPÓRTER






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