26 de abril de 2011
Professores querem reajuste de 25,8%, além de revisão no Plano de Cargos
e Carreira - com valores defasados, segundo eles - além de melhores condições
de trabalho
Fonte: Terra
ODILON RIOS
Direto de Maceió
Direto de Maceió
Por decisão da
vice-presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, a desembargadora Nelma Torres
Padilha, a greve de professores e técnicos da Educação da rede estadual foi
declarada ilegal.
A Ação Declaratória de Abusividade de Greve, com pedido de tutela antecipada e pagamento de multa de R$ 10 mil por dia pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinteal) em caso de descumprimento, foi movida pelo Governo do Estado. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado desta terça-feira, mas ainda cabe recurso.
A Ação Declaratória de Abusividade de Greve, com pedido de tutela antecipada e pagamento de multa de R$ 10 mil por dia pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinteal) em caso de descumprimento, foi movida pelo Governo do Estado. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado desta terça-feira, mas ainda cabe recurso.
No documento, o
Governo alega que os professores suspenderam as aulas por 72 horas na semana
passada com "intenção de pressionar o Governo do Estado ao atendimento de
reivindicações de melhores condições remuneratórias e de trabalho".
Os professores
querem reajuste de 25,8%, além de revisão no Plano de Cargos e Carreira - com
valores defasados, segundo eles - além de melhores condições de trabalho. Eles
paralisaram as aulas na semana passada por três dias, como aviso. Desde então,
não há aulas nas escolas.
Um professor com
carga horária de 20 horas recebe R$ 950,00 em Alagoas.
O Governo ofereceu
5,91% de aumento e a implantação do piso nacional dos professores. Assim, um
professor com carga de 40 horas semanais ganharia R$ 1.187,97.
"Eles falam
isso como se Alagoas fosse o único do Brasil a implantar o piso. Não é verdade.
E isso é apenas seguir a lei. Outra coisa. Vai se pagar o piso a todos os
profissionais? E a carreira, não existe? O piso não é teto nem meio. Queremos
que a carreira do profissional seja respeitada", disse a presidente do
Sinteal, Célia Capistrano.
A greve, segundo
ela, continua. Na tarde desta terça-feira, os grevistas se reúnem com o
secretário de Educação e Esportes, Rogério Teófilo. 200 mil alunos da rede
pública estadual e 12 mil professores estão fora das salas de aula. Alagoas
lidera os índices nacionais de analfabetismo e evasão escolar.
A crise na educação
em Alagoas se arrasta há duas semanas, quando o governador Teotônio Vilela
Filho (PSDB) e o vice, José Thomáz Nonô (DEM), anunciaram, em uma coletiva,
aumento de 5,91% nos salários dos servidores públicos (divididos em duas
parcelas) e 35% de reajuste aos secretários adjuntos, além da criação de duas
secretarias.
Elas vão abrigar
aliados políticos que apoiaram Vilela na eleição. Em dezembro, os secretários
tiveram aumento de 135%
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