Mais
de um terço dos alunos estão em defasagem em relação à série.
'A nossa situação não é confortável' diz secretário Wilson Risolia.
'A nossa situação não é confortável' diz secretário Wilson Risolia.
Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2011/01/secretario-anuncia-metas-agressivas-para-educacao-do-rj.html
Bernardo Tabak Do G1 RJ
O secretário estadual de Educação, Wilson Risolia,
anunciou nesta sexta-feira (7) o Programa de Educação, para todo o Rio de
Janeiro, e admitiu que tem grandes desafios para alcançar o objetivo anunciado
pelo governador Sérgio Cabral no discurso de posse,
de colocar o Rio entre os cinco melhores estados no desempenho do Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), do Ministério da Educação.
“Claro que não é fácil. A nossa situação não é
confortável, por isso temos metas agressivas para a educação”, ressaltou
Risolia.
Segundo ele, o estado do Rio ocupa, hoje, o
penúltimo lugar no ranking do Ideb, à frente apenas do Piauí.
Acabar com defasagem no aprendizado é meta
Entre as metas anunciadas para os alunos, as duas principais são a elaboração de um currículo mínimo e a redução da defasagem no aprendizado, na relação entre a idade do estudante e a série a qual ele está cursando. De acordo com o secretário, atualmente o estado tem 190 mil alunos do ensino fundamental e 260 mil do ensino médio com idades avançadas para a série que cursa. Isso corresponde a 36% do total de 1,2 milhão de estudantes da rede estadual.
Entre as metas anunciadas para os alunos, as duas principais são a elaboração de um currículo mínimo e a redução da defasagem no aprendizado, na relação entre a idade do estudante e a série a qual ele está cursando. De acordo com o secretário, atualmente o estado tem 190 mil alunos do ensino fundamental e 260 mil do ensino médio com idades avançadas para a série que cursa. Isso corresponde a 36% do total de 1,2 milhão de estudantes da rede estadual.
“Esse é um desafio, pois o aluno em defasagem
dificulta a entrada de novos estudantes, e cria problemas em relação aos
custos, pois é um investimento de milhões de reais que eu não tenho retorno”,
explicou Risolia.
A princípio, seis disciplinas estão inseridas no
currículo mínimo anunciado: matemática, português, história, geografia,
sociologia e filosofia. “Temos que ter a segurança de que o aluno está
realmente aprendendo. E temos que saber que a aula que está sendo dada em uma
escola no Leblon é a mesma aula de uma escola no Conjunto de Favelas do
Alemão”, afirmou o secretário.
Professores e escolas serão premiados
Professores e escolas com melhores desempenhos irão receber bonificações em dinheiro ao fim do ano letivo. Segundo Risolia, o bônus poderá chegar a três salários a mais por ano. Além disso, os docentes que estiverem em sala de aula vão receber um cartão pré-pago de R$ 500, que poderão ser utilizados em bens pedagógicos-culturais. “É o que chamamos de Auxílio-Qualificação, para utilizar em cinemas, eventos culturais e para comprar livros”, destacou o secretário. Os professores também vão receber um Auxílio-Transporte, que virá no contracheque, para cobrir custos de deslocamento.
Professores e escolas com melhores desempenhos irão receber bonificações em dinheiro ao fim do ano letivo. Segundo Risolia, o bônus poderá chegar a três salários a mais por ano. Além disso, os docentes que estiverem em sala de aula vão receber um cartão pré-pago de R$ 500, que poderão ser utilizados em bens pedagógicos-culturais. “É o que chamamos de Auxílio-Qualificação, para utilizar em cinemas, eventos culturais e para comprar livros”, destacou o secretário. Os professores também vão receber um Auxílio-Transporte, que virá no contracheque, para cobrir custos de deslocamento.
Risolia também citou a criação de um processo
seletivo para cargos de direção. “Ninguém além do secretário vai ser nomeado,
nem mesmo pelo governador”, afirmou. E completou: “Para chegar a cargos de
direção e superintendência, os professores vão passar por um processo seletivo
dividido em quatro etapas: análise do currículo, prova, entrevista e um curso
para certificar que o profissional está qualificado para o cargo.”
Estado tem déficit de 4 mil professores
Com o estímulo dos novos benefícios, o secretário pretende trazer de volta para as salas de aula boa parte dos 4 mil professores que hoje exercem funções burocráticas. “Nós também não vamos mais ceder professores para outros órgãos, a não ser que arquem com os ônus. Hoje, temos 2 mil profissionais cedidos”, afirmou Risolia. Segundo o secretário, o estado tem um déficit de 4 mil docentes.
Com o estímulo dos novos benefícios, o secretário pretende trazer de volta para as salas de aula boa parte dos 4 mil professores que hoje exercem funções burocráticas. “Nós também não vamos mais ceder professores para outros órgãos, a não ser que arquem com os ônus. Hoje, temos 2 mil profissionais cedidos”, afirmou Risolia. Segundo o secretário, o estado tem um déficit de 4 mil docentes.
Risolia também esclareceu que abriu edital para
contratar uma empresa que vai fazer as perícias de professores que solicitarem
licenças médicas. “Essa perícia vai ser realizada nos novos pedidos, e também
vai certificar a necessidade das licenças já concedidas”, ressaltou.
Outra medida anunciada será a substituição das 29
Coordenadorias Regionais de Educação por 15 Diretorias Regionais Pedagógicas e
outras 15 Diretorias Regionais Administrativas. De acordo com o secretário, o
objetivo é melhorar a gestão das escolas, com pessoal específico para cuidar da
infraestrutura e da parte pedagógica. “Também fizemos uma parceria com a
Emop-RJ (Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro) para avaliar as
possíveis reformas e até a construção de novas unidades”, acrescentou Risolia.
Apesar de tantas mudanças, o secretário não teme
encontrar dificuldades impostas por antigos servidores. “Não vai haver
resistência. Quem vai ganhar são os jovens. Quem pode ser contra algo tão
positivo?”, concluiu Risolia.
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