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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

PARALISAÇÃO DEIXA MILHARES DE ALUNOS SEM AULA NO PIAUÍ


A paralisação dos trabalhadores em Educação da rede pública estadual deixou sem aula, ontem, parte dos 350 mil alunos nas 800 Escolas do Piauí
Fonte: Jornal O Dia (PI)


Robert Pedrosa
A paralisação dos trabalhadores em Educação da rede pública estadual deixou sem aula, ontem, parte dos 350 mil alunos nas 800 Escolas do Piauí. A avaliação é do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Piauí (Sinte-PI), que percorreu ontem dezenas de colégios na capital e no interior para reforçar o movimento, que vai até amanhã. A presidente do Sinte-PI, Odeni de Jesus, não tinha até o meio-dia de ontem uma avaliação de todas as Escolas do Estado, mas estima que o movimento estava alcançando o objetivo. “Várias Escolas do Dirceu estão paradas, o que mostra que os professores estão entendendo e apoiando a paralisação”, comentou Odeni. 
Segundo o Sinte-PI, estavam paradas ontem, entre outras, as Escolas Pires de Castro e Gildásio Silva, no Dirceu, os colégios professor Madeira, Agripino Oliveira e Cipriano Leite, assim como o Liceu Piauiense, no Centro. 
A paralisação de 72 horas faz parte da campanha salarial dos 25 mil professores do Estado. Eles reivindicam reajuste do piso para R$ 1.312,00; mudança de classe; reajuste na regência, na gratificação dos diretores e dos secretários de Escola e contratação de vigias, zeladores e merendeiras. 
Até agora o Governo não apresentou nenhuma proposta para os trabalhadores emEducação. Na última audiência, com a participação de dirigentes do Sinte-PI com o representante do governo, o secretário de Governo, Tadeu Maia, disse que as negociação não avançaram. 
“Durante esses três dias de paralisação vamos encaminhar diversas atividades de protestos por todo Piauí e, possivelmente vamos decidir por aprovação de uma greve geral por tempo indeterminado caso o Governo não abra o canal das negociações,” finalizou Odeni Silva. 
O ponto alto do movimento será uma manifestação que os trabalhadores farão amanhã, em frente ao Palácio de Karnak, às 9h. 
A secretária de Educação, Maria Xavier, vê motivo político na greve, já que há sindicalistas que são candidatos nas próximas eleições e estariam procurando espaço na mídia. “Inclusive, nós temos uma reunião marcada para esta quintafeira (23/09). Não paramos as negociações”, disse ontem. 
Maria Xavier ressaltou, inclusive, que já comunicou ao Sinte-PI sobre o porquê de o governo não poder atender todas as reivindicações. “O piso de R$ 1.312,00 é uma questão nacional, que depende do Congresso Nacional. E nós, aqui, estamos pagando o piso de R$ 1.024,00 como manda a lei, desde janeiro deste ano”, explicou. Com relação à reajuste na regência e na gratificação, Xavier ressaltou que o Governo não pode determinar aumento neste período eleitoral, somente três meses após a eleição.



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