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terça-feira, 3 de agosto de 2010

GREVE AFETA VOLTA ÀS AULAS EM GOIÂNIA; MAIS DE 70 MIL ESTÃO SEM AULAS

03 de agosto de 2010

Mais da metade dos 141 mil alunos da rede pública municipal de Goiânia não retornaram às salas de aula nesta segunda-feira (2), depois das férias de julho
Fonte: UOL Educação
Luiz Felipe Fernandes
Goiânia

Mais da metade dos 141 mil alunos da rede pública municipal de Goiânia não retornaram às salas de aula nesta segunda-feira (2), depois das férias de julho. Professores e funcionários administrativos das escolas do município decidiram manter a greve, que já dura 75 dias. A assembleia que reuniu os profissionais grevistas foi realizada na manhã de ontem.

Segundo o Sintego (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás), até o início das férias 90% dos servidores tinham aderido à paralisação, o que equivale a 8 mil professores e 4 mil técnicos administrativos. Durante toda a semana, a direção do sindicato vai percorrer as 278 unidades de ensino de Goiânia para atualizar esse número. Também foi marcada para a semana que vem uma nova assembleia, que deve decidir os rumos do movimento.

A principal reivindicação é a aplicação da lei federal 11.738/08, que estabeleceu o piso salarial de R$ 1.312,85 para os professores. A prefeitura de Goiânia se recusou a pagar esse valor e enviou, no dia 29 de junho, um projeto de lei à Câmara Municipal fixando o salário em R$ 1.024 para professores de nível superior, relativo a uma jornada de 30 horas semanais. O projeto foi aprovado pela maioria dos vereadores na última sessão antes do recesso de meio de ano.

No mês passado, a greve dos professores de Goiânia foi declarada ilegal. A Secretaria Municipal de Educação ameaça cortar o ponto do funcionário que faltar ao serviço. Em nota, a prefeitura informou que “tomará, na forma da lei, todas as medidas cabíveis para garantir o funcionamento das instituições educacionais e a conclusão do ano letivo”. Até agora, os estudantes perderam 30 dias letivos. “Tudo isso são prerrogativas que a prefeitura usa, mas que não vão impedir que o movimento continue”, contesta Iêda Leal, presidente do Sintego.


Adin

Desde 2008, quando a lei foi instituída, o Supremo Tribunal Federal (STF) julga uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) proposta pelos governadores do Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Ceará. Em dezembro daquele ano, a maioria dos ministros foi favorável ao piso e reconheceu que o valor instituído passaria a valer no começo de 2009. A decisão foi em caráter liminar e até hoje aguarda o julgamento final do STF



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