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quarta-feira, 9 de junho de 2010

GREVE DE PROFESSORES COMPLETA 22 DIAS EM SÃO LUÍS

09 de junho de 2010


A greve dos professores foi deflagrada dia 19 de maio, e até ontem a única proposta de reajuste salarial oferecida pela Prefeitura de São Luís era de 8%
Fonte: O Estado do Maranhão



Os professores da rede municipal de ensino realizaram ontem mais uma passeata pelas ruas do Centro. A greve dos professores foi deflagrada dia 19 de maio, e até ontem a única proposta de reajuste salarial oferecida pela Prefeitura de São Luís era de 8%. A categoria descartou o percentual oferecido e decidiu permanecer com a manifestação e continuar pleiteando o aumento salarial de 27,5%.

Já é de quase um mês a greve dos professores da rede municipal, e o impasse entre a classe e a administração pública parece só agora estar próximo do fim.
Ontem, os servidores seguiram em passeata que teve início em frente à Biblioteca Pública Benedito Leite até a Câmara de Vereadores. Durante o percurso, a presidente do Sindicato dos Profissionais do Magistério do Ensino Público Municipal de São Luís (SindEducação), Maria Lindalva Batista, convocou todas as pessoas a apoiar a manifestação contra a proposta de aumento salarial apenas de 8%. "Todos os pais e mães que tem seus filhos estudando em Escolas da rede pública, façam parte desse movimento que busca a melhoria da Educação", enfatizou.

A presidente do SindEducação classificou de infame e irresponsável o percentual apresentado e prometeu que, enquanto não houver bom senso da secretária Sueli Tonial e do prefeito João Castelo em apresentar uma proposta mais digna à classe a greve continuará mesmo com a multa de R$ 5 mil estabelecida em razão da ilegalidade da greve. "Nós recorremos e estamos aguardando um posicionamento de nossa assessoria jurídica quanto à decisão da desembargadora Nelma Sarney", informou Lindalva Batista.

O motivo para os professores terem seguido até a Câmara de Vereadores foi o posicionamento que alguns parlamentares estavam adotando diante da manifestação e, principalmente denunciar que membros da Casa estariam trabalhando em favor de João Castelo. "Não aceitaremos que vereadores façam somente o que o prefeito manda", diziam os professores.

Durante o protesto, uma comissão de professores foi chamada pelo presidente da Câmara para marcar uma reunião com representantes das Secretarias de Educação (Semed), Administração (Semad), Governo (Semgov) da Procuradoria-Geral do Município (PGM) e ainda cinco vereadores.

Confusão - Um princípio de tumulto foi ocasionado após a chegada da equipe de reportagem da Secretaria de Comunicação da Câmara de Vereadores. Os manifestantes alegaram que as imagens seriam utilizadas pelo presidente da Casa, Isaías Pereirinha, e pelo prefeito João Castelo para punir os servidores que estariam participando da manifestação.

Um professor bastante exaltado, que não foi identificado, iniciou os gritos de "Fora" para a equipe que cobria a manifestação e por pouco os equipamentos da equipe não foram danificados. Depois que policiais militares chegaram ao local, os servidores da Câmara de Vereadores se retiraram

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