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sexta-feira, 30 de abril de 2010

PROFESSORES DA REDE PÚBLICA DE MINAS GERAIS MANTÊM GREVE POR MAIOR SALÁRIO

30 de abril de 2010


Os professores da rede pública estadual de Minas Gerais decidiram nesta quinta-feira continuar em greve por tempo indeterminado
Fonte: Agência Folha


Os professores da rede pública estadual de Minas Gerais decidiram nesta quinta-feira continuar em greve por tempo indeterminado. Eles estão parados desde 8 de abril e só farão nova assembleia em 5 de maio. O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas, filiado à CUT (Central Única dos Trabalhadores), reivindica salário de R$ 1.312 por 24 horas semanais de trabalho.

O valor é o piso salarial nacional, de acordo com cálculo da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação. O piso oficial, calculado pela Advocacia-Geral da União a pedido do Ministério da Educação, é de R$ 1.024 por 40 horas.

Os professores reclamam que o governo de Minas paga apenas R$ 369 para os docentes com nível médio e R$ 550 para os de nível superior, por 24 horas.

O governo afirma que o valor criticado pelo sindicato não leva em conta as gratificações que fazem parte do salário. A Secretaria de Educação informa que o salário mínimo por 24 horas, com os extras, ficará em R$ 935 com o reajuste de 10% que valerá a partir de 1º de maio.

O governo argumenta que, se fosse feito o cálculo da hora-aula do Estado para 40 horas, os professores receberiam cerca de R$ 1.558, acima do piso nacional oficial.


Limites legais

A secretaria afirma ainda que já chegou ao máximo de aumento que poderia conceder sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal. Outro argumento é a lei eleitoral, que, segundo o governador Antonio Anastasia (PSDB), só permite reajustes até 6 de abril.

A coordenadora-geral do sindicato dos professores, Beatriz Cerqueira, rebateu o governador, afirmando que, tecnicamente, não está se pedindo um aumento, mas uma alteração na tabela salarial do plano de carreira, o que, segundo ela, pode ser feito até 3 de julho.

Hoje, Anastasia voltou a reclamar da paralisação, dando indiretas sobre possíveis razões políticas para o movimento: "Eu tenho dito que a greve tem aí algumas outras motivações".

Governo e sindicato também divergem sobre a adesão à greve. Os professores calculam 85% de paralisação. Já a Secretaria de Educação estima que menos de 30% estão parados.

O encontro que decidiu pela manutenção da greve, no pátio da Assembleia Legislativa, foi seguido de uma passeata dos professores pelo centro de Belo Horizonte. As manifestações tumultuaram o trânsito de parte da área central da cidade até o início da noite.





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