10 de agosto de 2009
Ornildo Roberto de Souza, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em
Educação de Roraima (Sinter), disse em entrevista para o programa Agenda da
Semana, apresentado nas manhãs de domingo, na Rádio Folha (AM 1020), que a
perspectiva é de que cerca de três mil professores entrem em greve hoje.
Fonte: FOLHA DE BOA
VISTA (RR)
WILLAME SOUSA Ornildo Roberto de Souza, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Roraima (Sinter), disse em entrevista para o programa Agenda da Semana, apresentado nas manhãs de domingo, na Rádio Folha (AM 1020), que a perspectiva é de que cerca de três mil professores entrem em greve hoje. Técnicos da Educação também poderão aderir ao movimento.
Conforme o sindicalista, o Sinter conta atualmente com aproximadamente cinco mil integrantes, dentre professores e demais trabalhadores em Educação, e a expectativa é que a grande maioria faça adesão ao movimento reivindicatório. "Nós esperamos que os nossos colegas paralisem as atividades e convoquem os demais a participar, para que possamos juntos fortalecer a nossa luta em defesa de uma Educação de qualidade, porque, só através da nossa força e união, iremos conseguir nossos objetivos", afirmou Souza.
O primeiro dia de paralisação começa hoje, às 07h30, no parlatório Hesmone Grangeiro, em frente à Assembleia Legislativa, na Praça do Centro Cívico. Neste local, professores da Capital e do interior estarão reunidos para discutir as pautas de reivindicação, dar relatos sobre as condições estruturais das Escolas onde atuam e eleger um comando de greve, que ficará encarregado de negociar com a Secretaria de Educação, Cultura e Desporto (SECD).
"Tivemos várias audiências com o secretário de Educação [Dirceu Medeiros], que não foram muito frutíferas para os trabalhadores, no que diz respeito ao anseio da categoria, por isso está confirmado o início da greve para amanhã. Mas, nós, trabalhadores da Educação de Roraima, não queremos a greve e esperamos que o Governo de Estado tenha bom senso, pois precisamos sentar à mesa e discutir as questões [que motivaram a paralisação]", afirmou o sindicalista.
Orneildo Souza chamou a atenção dos pais de alunos para as condições nas quais se encontram as Escolas da rede estadual de ensino, que são precárias. O presidente do Sinter disse ter visitado cerca de 10 municípios e constatado a má conservação da estrutura física das Escolas do interior e da Capital, por isso pede o apoio da população para lutar pela melhoria da Educação roraimense.
"A própria sociedade tem que ver e avaliar a Educação que temos nos dias de hoje para que, na verdade, possa somar conosco nos esforços para cobrarmos um posicionamento mais efetivo e sério do Governo do Estado em relação aos investimentos que faltam no ensino", destacou.
REIVINDICAÇÕES - Dentre as reivindicações da categoria figuram o pagamento imediato e correto de todas as progressões verticais, eleição direta para diretores de Escolas, valorização com plano de carreira para os demais funcionários das Escolas, materiais didáticos e pedagógicos adequados, quadros brancos, salas climatizadas, bibliotecas e laboratórios em pleno funcionamento e reajuste salarial de no mínimo 40%.
COAÇÃO - Durante a entrevista, uma professora que pediu para não ser identificada, ligou para a Rádio Folha e afirmou que, na Escola Girassol, no bairro Buritis, onde leciona, os professores estariam sofrendo coações para não aderirem ao movimento. O corte do ponto dos docentes figuraria dentre as ameaças.
SECD - A Assessoria de Comunicação da SECD informou, por telefone, por volta das 17h de ontem, que a instituição não pretende pôr falta em nenhum dos profissionais da Educação até ter um parecer jurídico sobre o assunto. Esclareceu ainda que a decisão em aderir ao movimento pelos professores e técnicos está sendo respeitada pela entidade gestora.
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