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terça-feira, 18 de agosto de 2009

GREVE CHEGA AO OITAVO DIA, SEM SOLUÇÃO E COM ADESÃO DE 90% DOS PROFESSORES

18 de agosto de 2009

Mesmo depois de a Justiça Estadual declarar à ilegalidade da greve e imediato retorno dos professores às salas de aulas, na semana passada, os educadores permanecem de braços cruzados por tempo indeterminado. A greve já dura oito dias.
Fonte: FOLHA DE BOA VISTA (RR)


Mesmo depois de a Justiça Estadual declarar à ilegalidade da greve e imediato retorno dos professores às salas de aulas, na semana passada, os educadores permanecem de braços cruzados por tempo indeterminado. A greve já dura oito dias.
Até a adesão deles ao movimento grevista aumentou após a decisão judicial. Antes 50% das Escolas públicas da Capital estavam sem aula, hoje esse número chega a 90%, segundo dados da diretora adjunta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinter), Rosinha Araújo. "As que têm aula estão com número reduzido de professores ou a direção colocou outros servidores para substituírem os educadores", disse ela.
No interior, o apoio já chega a 100%, garante. Agora o Sinter busca adesão dos professores de áreas indígenas. A intenção é forçar o governo à negociação, uma vez que a categoria afirma que não tem sido procurada pelas autoridades para dar fim ao impasse, apesar de manter o canal de comunicação aberto.
"Não é uma greve de uma pauta só", enfatizou Rosinha, em entrevista à Folha, referindo-se a um item da pauta que pede reajuste salarial de 40% aos docentes. "É uma greve de quase 20 pontos, pela melhoria da infraestrutura nas Escolas, pela transparência na aplicação dos recursos do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação], pela melhoria da merenda Escolar. Precisamos de uma data exata de quando seremos atendidos. Chega de promessas", ponderou a diretora adjunta do Sinter.
Ontem os professores fizeram uma caminhada ao redor da Praça do Centro Cívico, onde estão reunidos desde o dia 10 de agosto, quando a greve foi deflagrada. Carregaram faixas, cartazes, soltaram fogos de artifício e mais uma vez chamaram o governo para negociação.
Com palavras de ordem, lembraram a difícil situação em que se encontra a Educação pública de Roraima e deram a entender que não vão recuar enquanto não tiverem seus pleitos atendidos.
Até um caixão, com escritos "Educação precária" foi levado, ontem à tarde, pelos manifestantes à frente da Secretaria Estadual de Educação (Secd), para simbolizar a crise vivida pelo setor.
Quanto à ilegalidade da paralisação, que prevê multa diária de R$ 15 mil em caso de descumprimento, Rosinha Araújo informou que a Assessoria Jurídica do Sinter está recorrendo da medida judicial.
SECD - A reportagem procurou o secretário de Educação, Dirceu Medeiros, para que se pronunciasse sobre o assunto, mas a Assessoria de Comunicação da pasta informou que ele não fala mais com a imprensa sobre a greve dos professores









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