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quarta-feira, 21 de setembro de 2016

"Parlamentares destacam contribuição do Todos pela Educação na implementação do PNE"

Fonte: Agência Câmara
21 de setembro de 2016


Em homenagem nesta quarta-feira (20), em sessão solene no Plenário da Câmara dos Deputados, parlamentares elogiaram o empenho do movimento Todos pela Educação na implementação do Plano Nacional da Educação.
A solenidade foi proposta pelos deputados Alex Canziani (PTB-PR), Arnaldo Faria De Sá (PTB-SP), Bacelar (PTN-BA) e Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO) para comemorar os 10 anos de criação do Todos pela Educação – movimento criado em 2006 para aumentar a participação da sociedade e garantir o direito de crianças e jovens a uma educação básica de qualidade.
Faria de Sá destacou que o Todos pela Educação vem se notabilizado por acompanhar a implementação do PNE por meio de uma plataforma online, o Observatório do PNE, que traz estudos e análise sobre o plano.
Canziani, que preside a Frente Parlamentar Mista da Educação, destacou o importante papel de organizações da sociedade civil, como o Todos pela Educação, como instrumentos para garantir a todos o devido preparo para a cidadania e para a vida por meio da educação. “Não há dúvida de que o avanço necessário se torna mais célere quando se estabelece parceria entre a sociedade civil e o poder público, que detém meios, vontade política e perseverança para implantar as políticas educacionais. Destaco como grande exemplo o movimento Todos pela Educação, cujo 10º aniversario se comemora nesta sessão solene.”
Por sua vez, Faria de Sá alertou que não se coloca a educação como projeto central sem os investimentos necessários. “Temos que cuidar hoje da formação da futura geração economicamente ativa, com educação de qualidade e tendo como guia o Plano Nacional de Educação [PNE]”, disse.
Para a presidente-executiva do movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz, é preciso garantir que os investimentos cheguem ao aluno na sala de aula. Ela assinalou que um dos maiores erros históricos do Brasil foi ainda não ter colocado a educação como pilar central do projeto de desenvolvimento. “O que precisamos é mudar o destino do Brasil, para que a gente tenha menos violência, menos desigualdade, menos crises sucessivas, mais saúde e mais produtividade. Só com educação se vai construir esse Brasil que todos querem”, disse ela.
Avanços
Presente à solenidade, o ministro da Educação, Mendonça Filho, comentou alguns avanços no setor, como a ampliação do acesso à educação no nível fundamental, mas reconheceu que ainda há inúmeras deficiências que comprometem o futuro dos jovens brasileiros, sobretudo os de escolas públicas. “ Essa missão tem que ser dividida entre todos. O próprio nome Todos pela Educação traduz um chamamento à sociedade brasileira. Temos que fazer com que a prioridade para educação não se dê apenas a partir da visão do governo, a população como um todo tem responsabilidade”, disse o ministro.
O ministro referiu-se especificamente aos últimos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), os quais mostram, por exemplo que o ensino de matemática no ensino médio obteve o pior resultado desde 2005. Mendonça Filho, porém, não quis adiantar detalhes da Medida Provisória que deve ser enviada amanhã ao Congresso com mudanças no ensino médio.
Por meio de discurso lido em Plenário, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também se mostrou preocupado com os números do Ideb, mas destacou o papel de entidades da sociedade civil. “É fundamental podermos contar com movimentos como o Todos Pela Educação para que o Estado cumpra com mais eficiência o seu papel”, disse.
Por sua vez, o deputado Bacelar ressaltou o caráter apartidário do Todos pela Educação e capacidade técnica e de execução do movimento. O deputado também cobrou a responsabilidade de cada um pelo fracasso em alguns aspectos do sistema educacional brasileiro e disse que espera não precisar procurar culpados em 2022, prazo final para o cumprimento das metas do PNE.
Educação pode mudar vidas 
Com um testemunho, a estudante Tábata Amaral mostrou que a educação pode mudar vidas. Filha de dona de casa, a jovem da periferia de São Paulo concluiu ensino médio com bolsa de estudos e acabou aceita para estudar astrofísica e ciências sociais em Harvard e em outras cinco universidades americanas. “Nosso País é muito injusto e desigual e o que alimenta isso é o nosso sistema educacional. Mas a única solução é a educação. É só olhar para o meu exemplo”, disse Tábata, que futuramente quer entrar para a política.
Ela ainda contou que seu irmão, que estudou a vida toda em escola pública, não conseguiu ir para uma faculdade porque não tinha nem aula de química. “Tive que convencê-lo a fazer um cursinho para ele tentar uma faculdade. Ele queria parar de estudar para trabalhar.”

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