21 de setembro de 2016
No Brasil, 22% das crianças com 8 anos são analfabetas.
Movimento Todos Pela Educação completa dez anos.
Movimento faz ato na Câmara para melhoria da educação no país
No Brasil, 22% das crianças com 8 anos são analfabetas.
Movimento Todos Pela Educação completa dez anos.
O movimento Todos Pela Educação fez um ato nesta quarta-feira (21) na Câmara dos Deputados para pedir prioridade no ensino de qualidade, principalmente nas escolas públicas.
Thalisson, Isabelly e Tábata: de escolas públicas, mas histórias diferentes. A sala de aula levou Tábata da periferia de São Paulo para a Universidade de Harvard.
“A gente focar só muito no esforço é ruim. Tem que entender que tem que ter a oportunidade e toda a estrutura familiar pra você aproveitar a oportunidade”, afirma a cientista política Tábata Amaral de Pontes.
Thalisson não teve a mesma sorte. Está fora da escola há quatro anos. Colheu tomate na roça, hoje trabalha no desmonte de sucatas. “Reprovei uma vez só e pronto... Saí”, conta.
No terceiro ano, a turma de Isabelly mudou de professor três vezes. Depois, ela trocou de escola. Agora, no sétimo ano, tem dificuldades no aprendizado. A mãe insiste. Sabe que o futuro da filha depende da educação.
“Eu acho que mais na frente ela vai ter alguma dificuldade em concorrer num concurso, na faculdade”, diz a mãe de Isabelly, Denise Farias Moreira.
22% das crianças com oito anos são analfabetas; um ano a mais na escola aumenta em 10% o salário; a cada 1% a mais de jovens na escola, os homicídios caem 2%; e educação depende de professor, que precisa ser valorizado.
“Quando eu escolhi ser professora, meu pai tinha orgulho de dizer ‘minha filha é professora’, e hoje nós não vemos mais isso”, lamenta a professora Lenita da Costa Fogaça.
A educação muda a realidade em todas as áreas: economia, emprego, renda, saúde, violência. O problema é saber de tudo isso e não fazer nada. Essa é a razão da sessão especial nesta quarta-feira (21) na Câmara: a sociedade foi cobrar prioridade para a educação.
O movimento Todos Pela Educação, que completa dez anos, promoveu o ato. Presentes, educadores, alunos, parlamentares, gestores. A década de luta rendeu a criação do piso nacional para o magistério, a ampliação da matrícula obrigatória de 4 a 17 anos, por exemplo - mas ainda falta muito.
“Precisa ter coragem de realmente colocar educação como a prioridade. Então, a educação é a obsessão que o país tem que ter de melhorar, poder mudar de patamar de desenvolvimento. A educação é o maior valor que a gente pode ter como sociedade”, declara a presidente do movimento Todos Pela Educação, Priscila Cruz.
Thalisson ainda quer trocar a sucata pela caneta: “Com os estudos tu vai ter alguma coisa na frente. Sem os estudos, não”.
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