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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

"Brasil está longe de cumprir meta do PNE de alfabetização de adultos"

Fonte: Estadão
31 de agosto de 2016

País ainda tem 13 milhões de analfabetos acima de 15 anos. Em 2001, eram 15 milhões

Todos Pela Educação
31 Agosto 2016 | 15h22

Pricilla Kesley/TPE
Pricilla Kesley/TPE
Segundo o Plano Nacional de Educação (PNE) 93,5% da população com mais de 15 anos deveria estar alfabetizada até 2015. Em sua meta 9, o PNE estabelece também que o país erradique o analfabetismo adulto até 2024.
Os últimos dados do IBGE indicam que a meta pode não ser cumprida: em 2014, o Brasil tinha 91,7% da população alfabetizada, percentual praticamente estagnado desde 2011, quando era 91,4%. Em números absolutos, o País ainda tem 13 milhões de analfabetos.
Comparando os dados do início da série histórica da Pnad, vemos que tem havido avanços, mas em ritmo muito lento. Em 2001, a taxa de alfabetização era de 87,6% – o número de analfabetos com mais de 15 anos era, então, 15 milhões.
Educadores apontam que alfabetizar adultos é desafiador porque eles já não estão em idade obrigatória de frequentar a escola e têm um contexto particular relacionado à idade, trabalho, motivação pessoal, entre outros aspectos. De acordo com dados da Pnad, 94,6% dos analfabetos têm 30 anos ou mais. Sem políticas específicas que levem em consideração as experiências de vida dessas pessoas, o país não vai conseguir alfabetizá-las.
A alfabetização é a condição básica para o exercício da cidadania e tem impacto não apenas na vida da pessoa alfabetizada. Estudos apontam que a escolaridade dos pais – especialmente das mães – é uma variável importante no desempenho escolar dos filhos.
Para acompanhar os levantamentos e análises sobre a alfabetização de jovens e adultos no País, acesse o Observatório do PNE.

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