PESQUISA

quarta-feira, 2 de março de 2016

" Estrutura é a maior queixa de alunos de escolas integrais, diz pesquisa"

Fonte: G1 São Paulo
02 de março de 2016

Foram ouvidos alunos de escolas localizadas em territórios vulneráveis.
Alunos do diurno e noturno também apontaram estrutura como problema. 
A estrutura física é a principal queixa entre os alunos do ensino médio de escolas públicas em tempo integral nos estados de São Paulo, Ceará, Goiás e Pernambuco. O dado integra a pesquisa sobre ensino médio divulgada pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) nesta quarta-feira (2).
Para compor a pesquisa, o Cenpec reuniu 669 questionários dirigidos a alunos do segundo ano do ensino médio de escolas localizadas em locais com vulnerabilidade social nestes quatro estados. Do total de estudantes, 352 são de escolas de período integral, 286 do ensino médio matutino ou vespertino, e 31 do noturno.
Quando questionados sobre o que mudariam em sua escola, os alunos dos três períodos (integral, diurno e noturno) responderam estrutura física. Entre os estudantes em tempo integral foi encontrado o maior índice (40,91%), seguido pelo diurno (32,87%) e noturno (12,90%).
O objetivo da pesquisa é analisar políticas implantadas por distintos estados brasileiros para o ensino médio e o modo como escolas em locais vulneráveis socialmente respondem aos desafios e às possibilidades criadas por essas políticas.
Quase 10% dos estudantes do período integral ainda apontaram que mudariam a equipe gestora de sua escola. Entre os estudantes do diurno, as duas alternativas mais indicadas foram os professores e as aulas, com o mesmo porcentual, de 13,29%. No noturno, 12,9% dos estudantes indicaram que mudariam os colegas.
O instituto optou por trabalhar com os dados de quatro estados por entender que estes implementaram de forma mais abrangente medidas que outros estados vêm colocando em prática de forma mais restrita. Um exemplo é a oferta de matrículas em tempo integral. Entre 2008 e 2014, este número cresceu 774% no Ceará; 647% no Pernambuco; 5.048% em São Paulo; e em 2.400%, no estado de Goiás, de acordo com os dados do Censo Escolar de 2014.


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