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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Universidade desenvolve ações de combate ao Aedes aegypti

01 de Fevereiro de 2016

Fonte: Nota 10

Se os alunos estão de férias, as instituições de educação superior sabem que há com o que se preocupar. Afinal, o mosquito Aedes aegypti não dá folga. A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), por exemplo, tem reforçado as campanhas de combate no estado. 

Equipes trabalham na identificação dos focos do mosquito causador da dengue, do vírus zika e da febre chikungunya e auxiliam na coleta de informações encaminhadas aos órgãos de saúde. Edital lançado pela instituição tem o propósito de incentivar estudos para a ampliação das ações de combate. “Temos grupos de trabalho com foco em estudos para o controle do mosquito, para a diminuição da população do inseto, procurando, por exemplo, alternativas que venham a somar naquilo que a gente já conhece”, afirma a pró-reitora de extensão da UFRN, Maria de Fátima Freire de Melo Ximenes. 

Uma ajuda, de acordo com Maria de Fátima, pode estar na própria vegetação da região. Estudar plantas da caatinga que tenham alguma ação inseticida, larvicida ou ovicida pode resultar em uma ferramenta tecnológica para facilitar a notificação dos casos num observatório da dengue. 

A UFRN também prevê ações pontuais nas comunidades com maior risco de proliferação do mosquito. Maria de Fátima considera importante envolver os moradores e conscientizá-los sobre a necessidade de prevenção. “É um problema de todos; precisamos focar na retenção do mosquito”, diz. “Ou seja, somar esforços para evitar água parada em condições de reprodução do mosquito. Só vamos conseguir isso por meio da sensibilização das pessoas, convencendo-as.” 

Entre as linhas de pesquisa desempenhadas pela universidade está o monitoramento do Aedes aegypti. Tal recurso colabora para a identificação de doenças e ainda permite o reconhecimento de características importantes, informações que são úteis nesse período em que a prevenção ainda aparece como um grande desafio. “Os laboratórios estão focados no estudo do vírus, de vacinas dessas doenças, estudos voltados para esse mosquito”, diz a pró-reitora. “Inclusive, resultando na produção de um mosquito transgênico, que está sendo testado.” 

Conselhos comunitários e escolas tornaram-se parceiros da UFRN, que também conta com apoio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Natal, das secretarias de saúde e da Fiocruz, assim como de colaboradores de instituições internacionais.

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