Sindicato exige da prefeitura 3 meses de remuneração e o 13º; prefeito diz que já efetuou pagamentos e deve apenas o mês de dezembro
Fonte: G1
Servidores da Educação da Barra de Santo Antônio, município localizado no litoral norte de Alagoas, começam o ano de 2016 mobilizados para cobrar da gestão municipal salários atrasados. Segundo eles, a categoria vem enfrentando dificuldades financeiras desde outubro de 2015, quando os salários e até mesmo o 13º salário deixaram de ser pagos.
Por telefone, o prefeito da Barra de Santo Antônio, Rogério Farias (PSD), disse à reportagem do G1 que os atrasos salariais ocorreram devido às dificuldades financeiras do município, que registrou queda no repasse de recursos federais.
“Os atrasos de fato ocorreram e foram motivados por conta das dificuldades financeiras. Porém, já estamos ajustando as contas. Tanto que os salários do mês de outubro e o 13º salário já foram pagos. Estamos concluindo a folha de novembro e vamos parcelar a folha de dezembro para ser paga nos próximos meses”, disse.
Informação que é contestada pela diretora do Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Alagoas (Sinteal), Darcir Acioli, que afirma que apenas parte dos servidores receberam os pagamentos declarados pelo prefeito.
“Cerca de 80% dos servidores da Educação estão com os salários de outubro, novembro e dezembro, além do 13º salário, em atraso. A prefeitura pagou os salários de apenas um pequeno grupo de servidores – diretores e gestores –; ou seja, daqueles que por motivos diversos não aderiram a greve que começou no dia 5 de outubro e finalizou no dia 21 de dezembro”, expôs Darcir.
Segundo ela, o Sinteal, assim como, o Ministério Público, já solicitou na Justiça o bloqueio de recursos da prefeitura da Barra de Santo Antônio para que os salários dos servidores da Educação sejam pagos.
“O que está acontecendo é um descontrole e desrespeito a legislação, que vem sendo descumprida. Problemas financeiros não justificam esses atrasos porque a prefeitura recebeu de verba específica para Educação valores que variam entre R$ 800 mil e R$ 1 milhão por mês, enquanto a folha da pasta é de aproximadamente R$ 700 mil”, completa Darcir Acioli.
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