"Todos devemos entender que Educação de qualidade significa mais saúde, menos violência, menos desemprego, menos gastos com segurança", afirma João Joaquim
Fonte: Diário da Manhã (GO)
Eu penso que o maior PIB de qualquer país seja a educação de seu povo. Educação aqui em toda sua extensão de significados. O próprio PIB monetário destinado ao setor e políticas de escolas, desde o ensino fundamental até a universidade e formação de mestres, doutores e cientistas. Eu gosto muito daquele pensamento de Monteiro Lobato de que “um país se faz com homens e livros”.
Os homens (palavra) aqui de nosso famoso escritor nordestino já merecem significados menos abrangentes. Que sejam homens que na direção do Estado tenham espírito de políticos e estadistas como concebiam Aristóteles e Platão. Bom seria que muitos de nossos homens públicos lessem por exemplo as obras “Ética a Nicômaco” (Aristóteles) e “A República” (Platão). Um pouco também dos diálogos de Sócrates traria mais decência e luz aos nossos representantes. Outro significado de homens seria o respeitante ao seu cabedal de educação no sentido amplo, desde sua conduta moral e ética até sua formação técnico-profissional. O ideal seria que todos fossem cidadãos , não no sentido literal de citadinos, mas homens de uma bagagem de honestidade, honradez e ética. É o que preconizava Aristóteles em sua principal obra.
A excelência do PIB educacional de uma nação seria 100% de pessoas alfabetizadas. Agora vamos refletir a situação do Brasil. De plano é bom que esqueçamos os índices educacionais do atual governo (petista), que aliás, já são sofríveis e lastimáveis. Segundo o último censo do IBGE há hoje no Brasil 9% de pessoas analfabetas, ou seja cerca de 16 milhões de patrícios que não sabem ler e sequer assinar o próprio nome; uma cegueira escolar absoluta. Para um nível de comparação isso equivale a cinco nações (população) do Uruguai.
Se esse índice já nos entristece , embora não vexe ou faz corar os nossos representantes do parlamento ou do Executivo, vejam os indicadores e outras estatísticas não maquiadas da verdade real que é a educação dos brasileiros.
Êi-las: somando nosso analfabetismo absoluto (9%) com o funcional, temos cerca de 60% da população analfabeta. Em tempo: analfabeto funcional é o indivíduo que assina o nome, sabe algumas operações de aritmética, mas é incapaz de entender o significado de um parágrafo de um texto popular; de uma revista, um jornal ou um livro qualquer.
Essa é a realidade, crua, nua e melancólica de a quantas anda nossa educação brasileira. Não é sem razão que as escolas privadas se tornaram um mercado promissor em nosso País. O que é um dever do Estado tem sido cada vez mais custeado pelas famílias que podem (poder monetário) dar uma educação de melhor qualidade aos filhos. O que o MEC deveria implementar seria um plano nacional de educação, com um currículo básico em todos os Estados e de maneira uniforme, dar dignificação à carreira de professor à semelhança do judiciário e provimento de material e abrigos decentes, e a altura de um serviço público tão nobre que é a formação educacional de nossas crianças e jovens.
Todos, estadistas e sociedade, devemos entender que educação de qualidade significa mais saúde, menos violência, menos desemprego, menos gastos com segurança pública, mais humanização e valorização da vida.
O Brasil se encontra com o seu povo em plenos albores do século XXI, era da informática e da internet, mas, a educação continua empacada nas primeiras décadas do século XX. Em conexão com a internet e posse de mídias digitais (tablets, celular, smartphones) somos o segundo do planeta. Todavia, quando olhamos nossos indicadores de alfabetização somos os primeiros dos piores do mundo. Os testes de habilidade em matemática e leitura por exemplo. Estamos na segunda página dos menos ruins. Que triste não! E pelo barulho dos clicks e bips dos smartphones a coisa vai piorar. Toda a garotada e juventude querem mesmo é estar conectadas em suas mídias. Ler, pensar, senso crítico e redigir que transformam as pessoas e o mundo se tornaram atitudes e hábitos caretas e ultrapassados. Que século, este estamos vivendo hein!
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