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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Brasil tem 2,8 milhões fora da escola e enfrenta estagnação

19 de Janeiro de 2016

Fonte: Estadão

SÃO PAULO - O Brasil ainda tem 2,8 milhões de crianças e adolescentes fora da escola, o que representa 6,2% do total da população de 4 a 17 anos. Este é o último ano que o País tem para garantir  que todos nesta faixa etária estejam devidamente matriculados. Especialistas preveem descumprimento da meta e até judicialização para assegurar as vagas. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2014, compilados pelo Movimento Todos pela Educação (TPE). 
Apesar de o direito à educação estar previsto na Constituição e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), a obrigatoriedade da matrícula só era definida para jovens de 6 a 14 anos. Em 2009, uma Emenda Constitucional ampliou essa garantia para as crianças de 4 e 5 anos e para os adolescentes de 15 a 17 anos, com a universalização de oferta exigida até 2016.
A taxa  de atendimento escolar entre 4 e 17 anos passou de 92,6%, em 2009, para 93,6% em 2014. O índice ficou estagnado em relação à edição anterior da Pnad, de 2013, que registrou o mesmo porcentual. 
A situação é pior nas faixas etárias que passam a ser obrigatórias a partir deste ano: em 2014, segundo a Pnad, 10,9% (604.469) das crianças de 4 e 5 anos estavam fora da escola. A etapa, no entanto, foi a que mais cresceu nos últimos 10 anos: saltou 17 pontos porcentuais em relação a 2005, quando 27,5% nestas idades não estavam estudando. 
Entre os adolescentes de 15 a 17 anos, 17,4% não estavam na escola. São 1,7 milhões de adolescentes sem estudar. A taxa está praticamente estagnada desde 2005, quando 21,2% dos jovens não estavam matriculados. Esta etapa é vista por educadores como a mais problemática, já que há disputa do estudo com trabalho, além do desinteresse pela escola. 

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