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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Governador quer normalizar pagamento a terceirizados da Uerj

25 de Novembro de 2015

Fonte: Nota 10

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse ontem (24) que pretende normalizar o pagamento de terceirizados e alunos residentes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) na primeira semana de dezembro. 

No dia 23, a Uerj anunciou a suspensão das aulas, até o dia 30 de novembro, por considerar que a instituição "encontra-se em situação de insalubridade por conta da descontinuidade dos serviços terceirizados", que afetam funcionários de segurança e da limpeza dos campi. 

Segundo o governador, a suspensão dos pagamentos foi tomada para garantir o salário dos servidores, aposentados e pensionistas do estado nos primeiros dias úteis de dezembro. "Depois, eu vou acertar [as dívidas], durante o mês", disse ao chegar para reunião no Comitê Olímpico, no centro do Rio. 

Pezão confirmou um déficit de R$ 2,5 bilhões nas contas e disse que negocia com Brasília uma solução para cobrir os gastos. Outras medidas passam por negociações com "grandes devedores" do estado, que ele preferiu não nomear. "Temos muito a receber na rua. Eu estou em uma operação grande de rearranjar financiamento para as empresas, para elas poderem acessar essas linhas e pagar o estado", disse o governador. 

Para honrar as dívidas, o governador considera também usar recursos do Rioprevidência (fundo de pensão do governo) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). 

Segundo Pezão, o governo sofre com menor arrecadação, problema que também é enfrentado por São Paulo e Minas Gerais. Ele ainda destacou o atraso no pagamento de impostos, como a taxa de incêndio e o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), cujo montante devido soma cerca de R$ 2 bilhões. O governador cobrou do governo federal ressarcimento pelos investimentos no Arco Metropolitano. Segundo ele, o valor devido é de R$ 220 milhões. 

O reitor da Uerj, Ricardo Vieiralvez, antecipou que a volta às aulas está prevista para 1° de dezembro. Até lá, atividades acadêmicas de 28 mil estudantes e as internações não emergenciais no Hospital Universitário Pedro Hernesto estão suspensas. Na unidade, os médicos residentes também estão sem salários.

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