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sexta-feira, 3 de julho de 2015

Opinião: Estudar e aprender


03 de Julho de 2015

"Levantamento do Movimento Todos pela Educação revelou dados preocupantes sobre o desempenho dos estudantes brasileiros que concluem o Ensino Médio", diz jornal

Fonte: Gazeta de Alagoas (AL)
Levantamento do Movimento Todos pela Educação revelou dados preocupantes sobre o desempenho dos estudantes brasileiros que concluem o ensino médio. De acordo com os dados, apenas 9,3% dos alunos absorveram o conteúdo essencial de matemática e 39% de português. No caso da matemática, o pior resultado foi obtido em Roraima: 2,7% (matemática), e o melhor no Distrito Federal (17%). Já em relação à língua portuguesa, novamente o DF se saiu melhor (40,2% dos estudantes), enquanto os piores resultados foram registrados no Maranhão (12,2%) e Alagoas (12,6%).
Os índices mostram que o ensino médio necessita de uma atenção específica, mas é preciso também trabalhar as séries iniciais para que os estudantes de fato obtenham um nível satisfatório de aprendizagem. É fato que nos últimos 15 anos, a educação brasileira vem melhorando seus índices, mas ainda estamos muito aquém de países desenvolvidos.
Observa-se também que a matemática é uma disciplina especialmente difícil de apresentar aos estudantes e relacionar seus conteúdos com o cotidiano do aluno. Por isso é fundamental a capacitação dos educadores, que devem não apenas dominar os conhecimentos específicos da disciplina, mas também ter o domínio de diferentes técnicas e formas de ensinar.
A expansão do ensino fundamental para nove anos, que na maioria dos municípios significou antecipar a entrada das crianças na escola, foi um avanço importante e necessário para melhorar o desempenho escolar, principalmente dos que não tiveram acesso à educação infantil. Entretanto, outras políticas precisam ser garantidas para assegurar o direito à aprendizagem.
A partir de 2016, a pré-escola será obrigatória, antecipando a obrigatoriedade do ingresso das crianças na escola em dois anos. Porém, como observa o movimento, é preciso definir qual será a base curricular para essa etapa, de tal forma que os anos adicionais de escolaridade se traduzam na melhoria da qualidade da educação.
A necessidade de o País alcançar uma educação de qualidade para todos é consenso. Entretanto, para que isso aconteça, é preciso passar do discurso à prática e colocar a educação como prioridade. O duro ajuste econômico que o governo vem fazendo não pode comprometer esse processo de avanços, sob pena de travar nosso desenvolvimento.

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