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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Cortes em investimentos já prejudicam universidades


30 de Julho de 2015

Fonte: O Tempo

O cenário de expansão que se teve nos últimos anos nas universidades federais está ameaçado e começa a dar sinais de retrocesso. As instituições, que já estão com as contas no vermelho, tentam reverter a previsão de corte de 47% nos investimentos (obras e novas aquisições) e 10% no custeio (manutenção e serviços). Neste mês, os reitores se reuniram com o Ministério da Educação (MEC) para debater prioridades, já que a União confirmou menos R$ 1,9 bilhão no orçamento das 63 universidades federais do país.
Construções e melhorias que estavam previstas nas universidades já estão suspensas diante da expectativa de redução de investimentos. No caso da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), na região Central de Minas, obras de moradias estudantis serão prejudicadas. Para a instituição, o contingenciamento representa cerca de R$ 10 milhões a menos na capacidade de investimento e uma redução de R$ 5 milhões em manutenção. O orçamento da universidade era previsto em R$ 357 milhões para este ano, sendo R$ 277 milhões para pagamento de pessoal, que não será afetado.
“Com o corte, obras de necessidade ficarão inviabilizadas, como a construção de moradias estudantis. As unidades que já estiverem prontas serão entregues, e as demais previstas deixarão de ser feitas. A universidade cresceu 134% nos últimos cinco anos, a demanda por moradia é muito grande”, explicou o diretor de Orçamento e Finanças da Ufop, Eduardo Curtis. Ele não detalhou o número de vagas ocupadas nem a previsão das novas unidades.
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) informou que, com os cortes de 47% em investimento e 10% no custeio, só “seria possível manter o funcionamento da UFJF por dois meses”. Conforme resposta da instituição, algumas ações já estão sendo colocadas em prática, como a revisão do pagamento de diárias e passagens. Outra iniciativa de economia que está sendo estudada é a implantação do serviço de Voip, para redução de custos com ligações telefônicas. Ainda conforme a UFJF, as obras estão sofrendo uma readequação no ritmo de execução. “Novas obras não serão iniciadas, conforme orientação do Ministério da Educação”, informou sem citar quais.
As Universidades Federais de Viçosa (UFV) e de Lavras (Ufla) afirmam que os orçamentos deste ano reduzirão em R$ 30 milhões cada. A reportagem entrou em contato com todas as 11 universidades mineiras, mas nem todas se manifestaram.


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