04 de Maio de 2015
Fonte: Folha de São Paulo
O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro,
disse nesta segunda-feira (4) que vai recorrer da
decisão da Justiça Federal que determinou que sejam
prorrogadas as inscrições para alunos que queiram
ingressar pela primeira vez no Fies (Fundo de
Financiamento Estudantil).
"Entendemos que, não havendo mais recursos, a
reabertura do sistema seria inútil", afirmou, após
anunciar que os R$ 2,5 bilhões previstos para os novos contratos foram
esgotados.
As inscrições para o Fies no primeiro semestre deste ano terminaram na
quinta-feira (30). Ao todo, foram aprovados 252.442 novos financiamentos
em instituições privadas de ensino superior.
O número de alunos
que buscaram vagas
no Fies, no entanto, foi
ainda maior –cerca de
500 mil, segundo o
secretário executivo
da pasta, Luiz Cláudio
Costa.
Para os estudantes que
já possuem o
financiamento e
precisam renová-lo, as
inscrições seguem até
29 de maio. De 1,9
milhão de contratos
ativos, cerca de
148.757 não foram
renovados até o
momento.
Segundo o MEC, todos
os contratos ativos
serão aditados. A
previsão é que eles
custem R$ 15 bilhões
para a pasta.
No ano passado, o Fies
teve um orçamento
total de R$ 13,7
bilhões. Em 2014,
foram 732 mil novos
contratos, realizados
ao longo de todo o ano
–destes, cerca de 480
mil foram realizados
no primeiro semestre.
NOVAS
INSCRIÇÕES
Uma nova etapa de
inscrições no Fies
neste ano, porém,
ainda está pendente.
De acordo com o
ministro, ainda não é
possível prever se
haverá abertura de
mais vagas no segundo
semestre, como ocorre
tradicionalmente. A
liberação dependerá de novos recursos no orçamento.
Sem definição, estudantes que não conseguiram se inscrever no Fies neste
primeiro semestre podem tentar vagas por meio de outros programas, como o
Prouni, afirma o ministro.
Janine diz ainda que a pasta estuda integrar as inscrições para o Sisu, Prouni
e Fies nas próximas etapas. "O aluno se inscreve no Sisu, por exemplo. Se não
conseguir essa vaga, ele tem a opção de simplesmente tocar em alguns botões
e fazer a inscrição no Prouni, e se não conseguir a bolsa, pode então tentar o
Fies", disse.
Ele também defendeu as mudanças ocorridas neste ano no processo de
seleção do Fies, como a exigência de desempenho mínimo no Enem e rigor
maior sobre a qualidade dos cursos financiados. E disse que outras, como a
possibilidade de criar um teto de vagas por curso, estão em estudo.
"Temos agora cerca de 50 mil financiados para o Fies em cursos muito bons.
Também restringimos a candidatura a partir do desempenho no Enem em
redação. Não faz o menor sentido dar recurso público para uma pessoa que
teve zero na prova de língua pátria", afirmou.
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