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quarta-feira, 27 de maio de 2015

‘Borracha é um instrumento do demônio’, diz educador inglês


27 de Maio de 2015

Segundo ele, o instrumento faz com que as crianças sintam vergonha de seus erros e deve ser banido das salas de aula

Fonte: O Globo (RJ)


RIO— Um educador inglês fez uma afirmação inusitada em entrevista ao jornal “Daily Telegraph”. Guy Claxton, que é professor visitante da King’s College e cientista cognitivo, disse que as borrachas são “um instrumento do diabo” e que deveriam ser banidas das escolas.
O posicionamento enfático do estudioso é explicado pela ideia de que o material escolar faz com que as crianças se sintam envergonhadas de seus erros. Segundo Claxton, as escolas devem fazer com que os alunos reconheçam os erros para que estejam aptos a lidar com a realidade.
“A borracha é um instrumento do diabo porque perpetua uma cultura de vergonha sobre o erro. É um maneira de mentir para o mundo, que diz ‘Eu não cometi um erro. Fiz direito na primeira vez.’É isso que acontece quando você você apaga e substitui o erro”, argumentou Guy Claxton.
O educador diz que é necessário que as crianças aprendam com os erros, porque resiliência e curiosidade são instrumentos que ajudam as crianças a fazerem melhor seus exames e a encarar melhor a vida.
“Precisamos de uma cultura onde as crianças não tenham medo de cometer erros, onde olhem e aprendam com eles. Onde reflitam de maneira contínua e melhorem o que estão fazendo e não que fiquem encantadas por obter a resposta certa rapidamente. Proíba a borracha, coloque uma figura dela em uma grande placa e uma barra vermelha sobre ela, diga às crianças que não apaguem seus erros, mas os destaque porque eles são seus amigos, seus professores ”, disse.

Segundo Claxton, é importante que os alunos se interessem pelo processo de obtenção de resposta e as escolas devem deixar de lado a obsessão por boas notas. E que esse passo é importante para reduzir a distância entre a vida real e a escola.
“ A escola não deve ser apenas uma lugar para obter respostas para passar nos testes, ela deveria ser uma preparação real de vida para todas as crianças. Devemos reduzir o fosso entre o que é aprendizagem no mundo real e a maneira como ela está configurada na escola”, explicou.


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