04 de dezembro de 2014
Estudo da Unesco avaliou 134 mil estudantes de mais de 3.200 escolas da América Latina e Caribe
Fonte: UOL Educação
Os dados do Terce (Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo), divulgados nesta quinta-feira (4) pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), mostram que mais da metade dos alunos brasileiros do 4º ano do ensino fundamental não dominam habilidades de leitura e matemática.
De acordo com o estudo, 64,26% dos alunos brasileiros não alcançaram o desempenho bom ou ótimo na avaliação em leitura. Desses, 2,60% tiveram resultados muito ruins, 17,19%, ruins e 44,47% ficaram no nível regular. No nível de excelência, 31,21% foram bem na avaliação e só 4,53% atingiram as maiores notas da avaliação.
Em matemática, 61,4% obtiveram notas entre os níveis muito baixo e regular, enquanto 38,61% conseguiram atingir um desempenho bom ou ótimo.
Melhores notas
No 7º ano do ensino fundamental, os resultados foram melhores do que no 4º ano. Nessa etapa, a maioria dos alunos brasileiros teve um desempenho considerado bom ou ótimo. Nessa faixa estão 51,7% dos estudantes que fizeram a prova de matemática e 53,05% dos avaliados em leitura.
No 7º ano do ensino fundamental, os resultados foram melhores do que no 4º ano. Nessa etapa, a maioria dos alunos brasileiros teve um desempenho considerado bom ou ótimo. Nessa faixa estão 51,7% dos estudantes que fizeram a prova de matemática e 53,05% dos avaliados em leitura.
O Terce avaliou também os alunos em ciências. Nessa matéria, 14,20% dos estudantes brasileiros tiveram desempenho considerado bom e só 1,46% apresentaram resultados excelentes. Na outra ponta, 5,20% tiraram notas muito ruins, 34,45% tiveram desempenho ruim e 44,69%, regular.
"Esses dados são amostrais, mas são compatíveis aos resultados de outras avaliações que já fizemos, como a Prova Brasil", disse o presidente do Inep, Francisco Soares. "Sabemos que uma parte dos alunos ainda não está no nível que gostaríamos, bom e ótimo, mas estamos no caminho para mudar isso, com o novo PNE (Plano Nacional da Educação)", afirmou.
O Terce avaliou 134 mil estudantes de mais de 3.200 escolas da América Latina e Caribe. Participaram da avaliação 15 países da região (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai) e o Estado mexicano de Nuevo León.
Só 1,46% dos alunos do 7º ano têm alto nível em ciências no Brasil
Um estudo divulgado nesta quinta-feira (4) pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) mostra que poucos alunos brasileiros do 7º ano têm domínio do conteúdo de ciências.
Um estudo divulgado nesta quinta-feira (4) pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) mostra que poucos alunos brasileiros do 7º ano têm domínio do conteúdo de ciências.
Segundo os dados do Terce (Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo), 14,20% dos estudantes brasileiros tiveram desempenho considerado bom e só 1,46% apresentaram resultados excelentes. Na outra ponta, 5,20% tiraram notas muito ruins, 34,45% tiveram desempenho ruim e 44,69%, regular.
Os números brasileiros acompanharam os resultados dos outros países da América Latina, onde o desempenho em ciências também foi considerado baixo.
"Ainda estamos conhecendo o ensino de ciências no Brasil", disse Francisco Soares, presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), sobre os resultados. Para ele, as deficiências no ensino da matéria estão sendo mapeadas só agora, já que existem poucas avaliações sobre ciências no Brasil.
Este foi o primeiro ano que os estudantes brasileiros foram submetidos a provas de ciências na avaliação.
Matemática e leitura
O Terce, que colheu dados em 2013, também avaliou o desempenho de alunos em matemática e leitura no 4º e no 7º anos do ensino fundamental. De um modo geral, os estudantes brasileiros apresentaram melhora em todos os níveis, se comparados ao números do exame anterior, realizado em 2006.
O Terce, que colheu dados em 2013, também avaliou o desempenho de alunos em matemática e leitura no 4º e no 7º anos do ensino fundamental. De um modo geral, os estudantes brasileiros apresentaram melhora em todos os níveis, se comparados ao números do exame anterior, realizado em 2006.
Os melhores resultados foram obtidos no 7º ano, onde mais de 50% dos estudantes alcançaram resultados considerados bons ou ótimos tanto em leitura quanto em matemática. Os números, porém, se invertem no 4º ano, onde a maioria tem desempenho é considerada regular ou ruim.
O Terce avaliou 134 mil estudantes de mais de 3.200 escolas da América Latina e Caribe. Participaram da avaliação 15 países da região (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai) e o Estado mexicano de Nuevo León.
Chile é o melhor em leitura e matemática na América Latina, aponta estudo
Entre 15 países avaliados pelo Terce (Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo), realizado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), o Chile foi o que obteve o melhor desempenho em matemática e leitura na 3ª e 6ª séries (que correspondem ao 4º e 7º ano do ensino fundamental brasileiro).
Entre 15 países avaliados pelo Terce (Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo), realizado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), o Chile foi o que obteve o melhor desempenho em matemática e leitura na 3ª e 6ª séries (que correspondem ao 4º e 7º ano do ensino fundamental brasileiro).
Os dados, divulgados nesta quinta-feira (4), mostram que 65% dos alunos chilenos da 3ª série tiveram resultados avaliados como bom ou ótimo em leitura. Entre os estudantes brasileiros da mesma faixa etária, 35% atingiram bom ou ótimo na mesma prova. Em matemática, 60% dos chilenos da 3ª série tiraram notas boas ou ótimas. No Brasil, essa porcentagem foi de 39%.
O Chile também teve desempenho elevado nas duas matérias entre os alunos da 6ª série. Nessa etapa, quase 70% dos alunos foram avaliados como bons ou ótimos em leitura e 75% tiveram o mesmo desempenho em matemática.
De um modo geral, Costa Rica e Uruguai também apresentaram bom desempenho. O Brasil aparece no segundo escalão, com resultados parecidos aos da Argentina e Colômbia.
O Terce avaliou 134 mil estudantes de mais de 3.200 escolas da América Latina e Caribe. Participaram da avaliação 15 países da região (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai) e o Estado mexicano de Nuevo León.
América Latina
Em números gerais, a região melhorou o seu desempenho em matemática e leitura, mas ainda preocupa a porcentagem de alunos que não apresentaram aprendizagem satisfatória nas duas disciplinas.
Em números gerais, a região melhorou o seu desempenho em matemática e leitura, mas ainda preocupa a porcentagem de alunos que não apresentaram aprendizagem satisfatória nas duas disciplinas.
"Percebemos que houve uma melhora significativa na região em todos os níveis e áreas avaliadas. O estudo trouxe boas notícias, estamos avançando, mas ainda há muito trabalho a fazer", afirma Moritz Bilagher, coordenador técnico do Terce e especialista da Unesco em Santiago.
Para ele, ainda é preciso investir para diminuir o número de estudantes com baixo nível de aprendizagem. Em matemática, por exemplo, quase 37% dos estudantes da América Latina teve desempenho ruim ou muito ruim.
Outra preocupação da Unesco é garantir a igualdade de aprendizagem em leitura e matemática para meninos e meninas na região. Na 6ª série, eles têm em média 9,71 pontos a mais do que as garotas em matemática. Em leitura, no entanto, elas saem em média 8,81 pontos na frente dos meninos na mesma série.
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