18 de dezembro de 2014
31 instituições estão com pagamentos atrasados e crianças prejudicadas
Fonte: R7
Mãe não pode sair para procurar emprego porque não tem onde deixar a filha Reprodução/ TV Record Trinta e uma Creches do Distrito Federa, que têm convênio com o GDF (Governo do Distrito Federal), passam por dificuldades por falta de repasses de recursos. Destas instituições, dez estão de portas fechadas porque não têm dinheiro para manutenção e pagamentos de funcionários. A dívida do GDF com as Creches chega a R$ 14,5 milhões.
Uma destas instituição atende mães e crianças de Samambaia e está sem receber os pagamentos desde setembro. A administradora do local. Sônia Maria de Macêdo, precisou fazer um empréstimo para honrar os compromissos mensais.
— Hoje nós não temos crédito em lugar nenhum. Se a gente for fazer um empréstimo ou comprar fiado não tem como, então, infelizmente, a gente não tem como abrir as portas enquanto não receber o repasse.
O presidente do Conselho das Entidades de Promoção e Assistência Social do DF, Ciro Heleno, afirma que o governo não deu nenhuma explicação sobre a inadimplência.
— A informação que recebemos é que depende da Secretaria da Fazenda. Um grupo de entidades compareceu ao gabinete do Secretário da Fazenda e ele não nos recebeu, disse que retornaria agendando e até agora ainda não o fez.
— A informação que recebemos é que depende da Secretaria da Fazenda. Um grupo de entidades compareceu ao gabinete do Secretário da Fazenda e ele não nos recebeu, disse que retornaria agendando e até agora ainda não o fez.
Ana Maria Lima é recém contratada para trabalhar em uma Creche de Samambaia, mas, no segundo salário, enfrentou a dificuldade financeira do governo.
— Começou a atrasar o pagamento, o primeiro, e o segundo estamos no aguardo ainda sem uma decisão ainda do governo.
A situação prejudica, principalmente, mães e crianças. Vanessa Alves foi demitida no final do mês passado, mas não conseguiu sair para procurar emprego porque não tem lugar adequado para deixar a filha.
A situação prejudica, principalmente, mães e crianças. Vanessa Alves foi demitida no final do mês passado, mas não conseguiu sair para procurar emprego porque não tem lugar adequado para deixar a filha.
— Para procurar emprego tem que tá com ela na Creche para eu trabalhar à vontade. Aí eu fico despreocupada, tá na Creche, tá sendo cuidada até o horário de eu chegar.
Trabalhadores de Creches do DF prometem manifestação para esta quinta-feira (18), às 8h, em frente ao Palácio do Buriti, para protestar pedindo o pagamento de salários.
Trabalhadores de Creches do DF prometem manifestação para esta quinta-feira (18), às 8h, em frente ao Palácio do Buriti, para protestar pedindo o pagamento de salários.
Futuro secretário de Educação do DF promete agilidade para minimizar o caos
Secretário espera que o ano letivo comece com todos os Alunos e Professores em sala de aula Reprodução/TV Record Brasília As Escolas públicas do Distrito Federal sofrem com a violência, falta de estrutura e de Professores. A lista de problemas é grande e o futuro secretário, Júlio Gregório, sabe disso. Contudo, ainda assim, ele garante que minimizará “com agilidade” todo esse caos.
Secretário espera que o ano letivo comece com todos os Alunos e Professores em sala de aula Reprodução/TV Record Brasília As Escolas públicas do Distrito Federal sofrem com a violência, falta de estrutura e de Professores. A lista de problemas é grande e o futuro secretário, Júlio Gregório, sabe disso. Contudo, ainda assim, ele garante que minimizará “com agilidade” todo esse caos.
Aos 60 anos, Júlio assume a Secretaria após três décadas em salas de aula. Ele espera que o ano letivo comece com todos os Alunos e Professores em sala de aula. Além disso, ele quer ver Escolas em boas condições de uso. Essas serão as prioridades de sua pasta.
— Sozinho não farei nada, mas contarei com essa grande equipe de Educadores. Desde a pessoa que recepciona [os Alunos] na portaria da Escola até o Professor e diretor para que a Educação do Distrito Federal retome os patamares que sempre tivemos e desejamos.
Uma das bandeiras da campanha do governador eleito foi o Ensino integral e o secretário promete honrar o compromisso. Para ele, a maior dificuldade será a falta de espaço para receber os Alunos durante o período. Desta forma, ele pretende buscar parcerias a fim de solucionar o problema.
— De imediato, não há nem espaço físico para que você tenha uma Escola que o Aluno fique o dia todo nela. Mas já desenvolveremos ações para que seja ofertada uma Educação integral através de uma relação estreita entre a secretaria de Educação, a secretaria de Cultura, a secretaria de Esportes, para que tenhamos, de fato, ainda que em período parcial do Aluno na Escola, uma Educação integral.
Outra preocupação é o pagamento do PDAF (Programa de Descentralização Administrativa e Financeira). A verba é destinada a projetos pedagógicos, administrativos e financeiros. Este ano, as Escolas só receberam duas das cinco parcelas prevista e, com isso, estão com as estruturas fragilizadas.
— Ainda em janeiro faremos todos os esforços para repassar uma parcela do PDAF para que o diretor possa tomar providências nesse sentido. As Escolas que estão muito comprometidas, nós precisaremos ver a questão orçamentária para encaminharmos as licitações e fazermos os reparos e as reconstruções.
Para resolver a violência nas Escolas públicas do DF, o novo secretário pretende apostar nas atividades culturais e esportivas.
— Atividades culturais na Escola, atividades esportivas, é um dos caminhos para que possamos minimizar fatos dessa natureza na nossa rede Escolar.
Júlio Gregório já foi Professor da rede pública de Ensino e dirigiu Escolas públicas e particulares. Na Secretaria de Educação foi diretor do Departamento de Inspeção de Ensino e do Planejamento Educacaional, além de ter feito parte do Conselho de Educação do DF. Atualmente, Júlio é membro do conselho técnico- científico da Educação básica da Capes e coordenador de Educação da equipe de transição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário