25 de novembro de 2014
Apenas o aumento da carga horária para dois turnos, comprometimento do Brasil para 50% das escolas públicas, não garante a melhora na Educação
Fonte: Zero Hora (RS)
Discutida há anos como uma solução para melhorar a qualidade da
educação no país, o ensino integral é uma das metas do novo Plano
Nacional da Educação (PNE), cuja sanção da presidente Dilma Rousseff foi
publicada no Diário Oficial da União em junho. Não há volta: em 10
anos, 50% das escolas públicas e 25% dos estudantes terão acesso a pelo
menos sete horas de aprendizagem por dia. Quantidade, no entanto, não
garante qualidade.
Conforme especialistas em educação, o aumento da carga horária não é a receita para a melhora do desempenho dos alunos, mas um dos ingredientes. Em entrevista à Zero Hora em junho, após a sanção presidencial ser publicada, a educadora Guiomar Namo de Mello relatou que o risco de apenas aumentar o tempo é oferecer duas vezes uma escola ruim.
— Se a escola é ruim em um período, em dois ela é pior — afirmou.
As experiências de colégios que já oferecem ensino integral pelo país apontam que o aumento do tempo só poderá melhorar a aprendizagem se for relacionado com uma mudança no espaço e no conteúdo. Ou seja, para vencer a guerra contra os baixos desempenhos educacionais — entre os 65 países comparados no último Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), de 2012, o Brasil ficou em 58º lugar em matemática —, as escolas brasileiras precisam entrar no campo de batalha com essas três armas: tempo, espaço e conteúdo.
“O investimento em apenas um dos aspectos não assegura, por si só, a efetivação de uma proposta de educação integral. Quando se aborda a questão da educação integral, não se fala somente de ampliação da jornada na escola, mas também de uma concepção de educação mais ampla”, informa o estudo Percursos da Educação Integral: em busca de qualidade e equidade, publicado pela Fundação Itaú Social e pela Unicef.
Com o aumento do tempo garantido pela meta do PNO, o Brasil agora tem o desafio de trabalhar pela qualidade dessas horas extras. Para isso, com base em experiências existentes no país, a pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Ana Maria Cavaliere identifica dois caminhos a serem trilhados pela educação brasileira: a "escola de tempo integral" e o "aluno de tempo integral".
O primeiro modelo foca o “fortalecimento da unidade escolar, com mudanças em seu interior pela atribuição de novas tarefas, mais equipamentos e profissionais com formação diversificada”, conforme explica a professora em seu artigo Escolas de tempo integral versus alunos em tempo integral. Já o segundo modelo, de acordo com o mesmo artigo, tem ênfase “na oferta de atividades diversificadas aos alunos no turno alternativo ao da escola, fruto da articulação com instituições multissetoriais, utilizando espaços e agentes que não os da própria escola”. Essa alternativa, que foca o entorno da escola, abre espaço para que as parcerias com organizações não governamentais se tornem cada vez mais comuns no país, assim como nos Estados Unidos.
Escola de Canela oferece educação integral há 20 anos
A participação faz a diferença. É com esse tema que a Escola Estadual de Educação Básica Neusa Mari Pacheco (Ciep), localizada em Canela, na Serra, modificou a realidade de um bairro onde a criminalidade prevalecia. Com educação integral há 20 anos, a escola reduziu as taxas de repetência e evasão, que eram de mais de 50%, para apenas 5%, conforme o atual diretor Márcio Gallas Boelter.
Ex-aluno e professor há 18 anos, Boelter viu de perto a mudança que a escola fez no bairro Canelinha. Desejo da comunidade desde a década de 70, o ensino integral passou a ser oferecido oficialmente na escola em 1994, quando a instituição fez parte da política de criação dos Cieps no governo gaúcho.
— Nossa escola cresceu em tamanho e em qualidade e paramos de ver nossos alunos entrarem na Febem, como costumava acontecer antes do ensino integral. A escola mudou a realidade do bairro, onde a criminalidade diminuiu — relata o diretor, há dois anos no cargo.
Hoje, dos 1.187 alunos do Ciep, mil estudam nove horas. Os dispensados do turno inverso são apenas os estudantes do Ensino Médio que apresentam carteira de trabalho ou confirmam presenças em cursos profissionalizantes. Além das disciplinas do currículo comum, todos os alunos têm aulas de Comunicação, Recreação, Canto, Teatro, Dança, Natação, Turismo, Atividades Agrícolas e Atividades Ecológicas. A escola também oferece Língua Inglesa e Língua Espanhola no currículo desde o 1º ano do Ensino Fundamental.
— Não são oficinas, são disciplinas curriculares, ministradas por professores concursados. Esse é o nosso diferencial — explica Boelter.
Para as aulas de natação, a escola conta com uma piscina térmica semiolímpica, construída em 1998 com recursos da comunidade. Outras conquistas dos pais foram um vestiário, em 2008, e uma academia com sala de dança, em 2009. Conforme o diretor, 40% dos recursos da escola são arrecadados pela comunidade, por meio de jantares, sorteios e rifas.
O Ciep também tem um Centro Agrícola 16 hectares — quatro deles doados pelo Estado e 12 conquistados pela comunidade — para as aulas de Agricultura. No local, são produzidas frutas e verduras para o refeitório da escola. Já para as aulas de Ecologia, os alunos contam com um Centro Ecológico de quatro hectares, uma área de preservação permanente onde são estudadas árvores e animais silvestres, como tatus e pacas.
Com atividades em espaços próprios, o Ciep se aproxima da modalidade “escola de tempo integral”. Em 2010, a escola venceu o Prêmio Sesi de Qualidade na Educação, na categoria Melhor Escola Pública do País, superando outras 1,7 mil instituições.
Já a escola Escola Municipal de Ensino Fundamental José Bonifácio, de Novo Hamburgo, aposta em diversas parcerias com organizações não governamentais para oferecer educação integral. Com limitações de espaço, a instituição conta com parcerias com uma paróquia para aulas de futsal, com o Sindicato dos Comerciários para natação, com uma escola de samba para aulas de percussão e com uma escola técnica para robótica. Por isso, se enquadra na modalidade "aluno de tempo integral".
Confira gráficos e matéria no site original aqui
Escolas buscam parcerias com ONGs para aumentar a carga horária
Enquanto o Brasil estipulou a meta de oferecer ao menos sete horas de aprendizagem para 25% dos alunos até 2024, os Estados Unidos discutem como ampliar essa carga horária. Para isso, muitas escolas públicas estadunidenses apoiam-se em organizações não-governamentais, o que tende a ser o futuro do Brasil.
A diretora executiva da organização não-governamental com sede em Nova Iorque Every Hour Counts (Cada Hora Conta, no português), Jessica Donner, explica que nos Estados Unidos, onde os alunos passam cerca de sete horas na escola, a maioria dos colégios mantêm parcerias com ONGs para trabalhos após o período escolar, chamados de programas “after-school”. Assim, os estudantes podem receber até mais três horas de aprendizagem por dia, somando 10 horas no total. O saldo é 150% superior à carga horária da maioria das escolas brasileiras, onde os alunos passam apenas quatro horas por dia.
Em visita ao Brasil para palestrar no Seminário Internacional “Educação + Participação = Educação Integral”, realizado há dez dias em São Paulo pela Fundação Itaú Social, Jessica explica que os programas after-school são essenciais para diminuir o “abismo” educacional entre estudantes ricos e de baixa renda. Nos Estados Unidos, segundo a diretora executiva, filhos de famílias ricas chegam aos 12 anos com seis mil horas de aprendizagem a mais do que os pobres.
Por isso, a organização dirigida por ela coordena programas after-school oferecidos para alunos de baixa renda por todos os Estados Unidos, dando suporte na arrecadação de verba, no desenvolvimento das atividades e na avaliação dos projetos. Na prática, funciona como uma ONG que coordena várias ONGs. Antes dessa gestão, conforme Jessica, havia desperdício de recursos e programas de qualidade irregular.
— Os programas after-school são suscetíveis a mudanças na política e na economia, então precisam de investimentos contínuos tanto do setor público como do privado — disse a diretora executiva.
A sugestão de Jessica para o Brasil é que o país invista nas parcerias com ONGs para viabilizar o ensino integral. Além de diversificar atividades, apropriar-se de ambientes fora da escola pode solucionar um dos maiores problemas enfrentados pelos colégios que planejam oferecer dois turnos a cada aluno: a falta de espaço físico.
— Não cabem duas crianças ao mesmo tempo no mesmo lugar — comentou uma educadora que assistia a palestra de Jessica.
Apesar de muitas experiências bem-sucedidas no país, a parceria entre escolas e ONGs nem sempre pode ser benéfica. Um dos riscos dessa atividade no país, conforme Lucia Couto, ex-coordenadora de Ensino Fundamental do Ministério da Educação e atual gerente de Desenvolvimento e Conteúdo do Instituto Unibanco, é o desvio de verbas públicas. Por isso, ela sugere que o país crie um marco regulatório para a educação integral, em que ONGs participem do processo.
— As ONGs podem ser boas, mas também podem ser ruins, por isso a necessidade de uma regulamentação. Precisamos de regras tanto para proteger o Estado do oportunismo, como para valorizar as organizações sérias — explica.
Em Novo Hamburgo, escola investe em parcerias
Com educação integral desde 2009 por meio do programa Mais Educação, do governo federal, a Escola Municipal de Ensino Fundamental José Bonifácio, em Novo Hamburgo, investe na parceria com outras instituições para oferecer atividades no contraturno.
Localizada no bairro Primavera, na periferia da cidade, a escola atende 370 alunos até o 5º ano do Ensino Fundamental. Quase metade dos estudantes integra o Mais Educação, com seis horas e meia de aprendizagem diárias. Com limitações de espaço, a escola conta com parcerias com uma paróquia para aulas de futsal, com o Sindicato dos Comerciários para natação, com uma escola de samba para aulas de percussão e com uma escola técnica para robótica.
Segundo a a diretora Cristina Dorneles Nonnenmapher, para a escola, contar com parcerias com ONGs foi o caminho para vencer a falta de espaço na hora de oferecer o ensino integral.
— Também oferecemos aulas de judô e dança, mas nossa intenção é conseguir mais espaço, principalmente para atividades físicas, pois só temos uma quadra — relata a diretora.
Leia matéria no site original aqui
Conforme especialistas em educação, o aumento da carga horária não é a receita para a melhora do desempenho dos alunos, mas um dos ingredientes. Em entrevista à Zero Hora em junho, após a sanção presidencial ser publicada, a educadora Guiomar Namo de Mello relatou que o risco de apenas aumentar o tempo é oferecer duas vezes uma escola ruim.
— Se a escola é ruim em um período, em dois ela é pior — afirmou.
As experiências de colégios que já oferecem ensino integral pelo país apontam que o aumento do tempo só poderá melhorar a aprendizagem se for relacionado com uma mudança no espaço e no conteúdo. Ou seja, para vencer a guerra contra os baixos desempenhos educacionais — entre os 65 países comparados no último Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), de 2012, o Brasil ficou em 58º lugar em matemática —, as escolas brasileiras precisam entrar no campo de batalha com essas três armas: tempo, espaço e conteúdo.
“O investimento em apenas um dos aspectos não assegura, por si só, a efetivação de uma proposta de educação integral. Quando se aborda a questão da educação integral, não se fala somente de ampliação da jornada na escola, mas também de uma concepção de educação mais ampla”, informa o estudo Percursos da Educação Integral: em busca de qualidade e equidade, publicado pela Fundação Itaú Social e pela Unicef.
Com o aumento do tempo garantido pela meta do PNO, o Brasil agora tem o desafio de trabalhar pela qualidade dessas horas extras. Para isso, com base em experiências existentes no país, a pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Ana Maria Cavaliere identifica dois caminhos a serem trilhados pela educação brasileira: a "escola de tempo integral" e o "aluno de tempo integral".
O primeiro modelo foca o “fortalecimento da unidade escolar, com mudanças em seu interior pela atribuição de novas tarefas, mais equipamentos e profissionais com formação diversificada”, conforme explica a professora em seu artigo Escolas de tempo integral versus alunos em tempo integral. Já o segundo modelo, de acordo com o mesmo artigo, tem ênfase “na oferta de atividades diversificadas aos alunos no turno alternativo ao da escola, fruto da articulação com instituições multissetoriais, utilizando espaços e agentes que não os da própria escola”. Essa alternativa, que foca o entorno da escola, abre espaço para que as parcerias com organizações não governamentais se tornem cada vez mais comuns no país, assim como nos Estados Unidos.
Escola de Canela oferece educação integral há 20 anos
A participação faz a diferença. É com esse tema que a Escola Estadual de Educação Básica Neusa Mari Pacheco (Ciep), localizada em Canela, na Serra, modificou a realidade de um bairro onde a criminalidade prevalecia. Com educação integral há 20 anos, a escola reduziu as taxas de repetência e evasão, que eram de mais de 50%, para apenas 5%, conforme o atual diretor Márcio Gallas Boelter.
Ex-aluno e professor há 18 anos, Boelter viu de perto a mudança que a escola fez no bairro Canelinha. Desejo da comunidade desde a década de 70, o ensino integral passou a ser oferecido oficialmente na escola em 1994, quando a instituição fez parte da política de criação dos Cieps no governo gaúcho.
— Nossa escola cresceu em tamanho e em qualidade e paramos de ver nossos alunos entrarem na Febem, como costumava acontecer antes do ensino integral. A escola mudou a realidade do bairro, onde a criminalidade diminuiu — relata o diretor, há dois anos no cargo.
Hoje, dos 1.187 alunos do Ciep, mil estudam nove horas. Os dispensados do turno inverso são apenas os estudantes do Ensino Médio que apresentam carteira de trabalho ou confirmam presenças em cursos profissionalizantes. Além das disciplinas do currículo comum, todos os alunos têm aulas de Comunicação, Recreação, Canto, Teatro, Dança, Natação, Turismo, Atividades Agrícolas e Atividades Ecológicas. A escola também oferece Língua Inglesa e Língua Espanhola no currículo desde o 1º ano do Ensino Fundamental.
— Não são oficinas, são disciplinas curriculares, ministradas por professores concursados. Esse é o nosso diferencial — explica Boelter.
Para as aulas de natação, a escola conta com uma piscina térmica semiolímpica, construída em 1998 com recursos da comunidade. Outras conquistas dos pais foram um vestiário, em 2008, e uma academia com sala de dança, em 2009. Conforme o diretor, 40% dos recursos da escola são arrecadados pela comunidade, por meio de jantares, sorteios e rifas.
O Ciep também tem um Centro Agrícola 16 hectares — quatro deles doados pelo Estado e 12 conquistados pela comunidade — para as aulas de Agricultura. No local, são produzidas frutas e verduras para o refeitório da escola. Já para as aulas de Ecologia, os alunos contam com um Centro Ecológico de quatro hectares, uma área de preservação permanente onde são estudadas árvores e animais silvestres, como tatus e pacas.
Com atividades em espaços próprios, o Ciep se aproxima da modalidade “escola de tempo integral”. Em 2010, a escola venceu o Prêmio Sesi de Qualidade na Educação, na categoria Melhor Escola Pública do País, superando outras 1,7 mil instituições.
Já a escola Escola Municipal de Ensino Fundamental José Bonifácio, de Novo Hamburgo, aposta em diversas parcerias com organizações não governamentais para oferecer educação integral. Com limitações de espaço, a instituição conta com parcerias com uma paróquia para aulas de futsal, com o Sindicato dos Comerciários para natação, com uma escola de samba para aulas de percussão e com uma escola técnica para robótica. Por isso, se enquadra na modalidade "aluno de tempo integral".
Confira gráficos e matéria no site original aqui
Escolas buscam parcerias com ONGs para aumentar a carga horária
Enquanto o Brasil estipulou a meta de oferecer ao menos sete horas de aprendizagem para 25% dos alunos até 2024, os Estados Unidos discutem como ampliar essa carga horária. Para isso, muitas escolas públicas estadunidenses apoiam-se em organizações não-governamentais, o que tende a ser o futuro do Brasil.
A diretora executiva da organização não-governamental com sede em Nova Iorque Every Hour Counts (Cada Hora Conta, no português), Jessica Donner, explica que nos Estados Unidos, onde os alunos passam cerca de sete horas na escola, a maioria dos colégios mantêm parcerias com ONGs para trabalhos após o período escolar, chamados de programas “after-school”. Assim, os estudantes podem receber até mais três horas de aprendizagem por dia, somando 10 horas no total. O saldo é 150% superior à carga horária da maioria das escolas brasileiras, onde os alunos passam apenas quatro horas por dia.
Em visita ao Brasil para palestrar no Seminário Internacional “Educação + Participação = Educação Integral”, realizado há dez dias em São Paulo pela Fundação Itaú Social, Jessica explica que os programas after-school são essenciais para diminuir o “abismo” educacional entre estudantes ricos e de baixa renda. Nos Estados Unidos, segundo a diretora executiva, filhos de famílias ricas chegam aos 12 anos com seis mil horas de aprendizagem a mais do que os pobres.
Por isso, a organização dirigida por ela coordena programas after-school oferecidos para alunos de baixa renda por todos os Estados Unidos, dando suporte na arrecadação de verba, no desenvolvimento das atividades e na avaliação dos projetos. Na prática, funciona como uma ONG que coordena várias ONGs. Antes dessa gestão, conforme Jessica, havia desperdício de recursos e programas de qualidade irregular.
— Os programas after-school são suscetíveis a mudanças na política e na economia, então precisam de investimentos contínuos tanto do setor público como do privado — disse a diretora executiva.
A sugestão de Jessica para o Brasil é que o país invista nas parcerias com ONGs para viabilizar o ensino integral. Além de diversificar atividades, apropriar-se de ambientes fora da escola pode solucionar um dos maiores problemas enfrentados pelos colégios que planejam oferecer dois turnos a cada aluno: a falta de espaço físico.
— Não cabem duas crianças ao mesmo tempo no mesmo lugar — comentou uma educadora que assistia a palestra de Jessica.
Apesar de muitas experiências bem-sucedidas no país, a parceria entre escolas e ONGs nem sempre pode ser benéfica. Um dos riscos dessa atividade no país, conforme Lucia Couto, ex-coordenadora de Ensino Fundamental do Ministério da Educação e atual gerente de Desenvolvimento e Conteúdo do Instituto Unibanco, é o desvio de verbas públicas. Por isso, ela sugere que o país crie um marco regulatório para a educação integral, em que ONGs participem do processo.
— As ONGs podem ser boas, mas também podem ser ruins, por isso a necessidade de uma regulamentação. Precisamos de regras tanto para proteger o Estado do oportunismo, como para valorizar as organizações sérias — explica.
Em Novo Hamburgo, escola investe em parcerias
Com educação integral desde 2009 por meio do programa Mais Educação, do governo federal, a Escola Municipal de Ensino Fundamental José Bonifácio, em Novo Hamburgo, investe na parceria com outras instituições para oferecer atividades no contraturno.
Localizada no bairro Primavera, na periferia da cidade, a escola atende 370 alunos até o 5º ano do Ensino Fundamental. Quase metade dos estudantes integra o Mais Educação, com seis horas e meia de aprendizagem diárias. Com limitações de espaço, a escola conta com parcerias com uma paróquia para aulas de futsal, com o Sindicato dos Comerciários para natação, com uma escola de samba para aulas de percussão e com uma escola técnica para robótica.
Segundo a a diretora Cristina Dorneles Nonnenmapher, para a escola, contar com parcerias com ONGs foi o caminho para vencer a falta de espaço na hora de oferecer o ensino integral.
— Também oferecemos aulas de judô e dança, mas nossa intenção é conseguir mais espaço, principalmente para atividades físicas, pois só temos uma quadra — relata a diretora.
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