02 de outubro de 2014
"Como ter desenvolvimento econômico sem Educação? Esse tema não deveria ser prioridade na agenda?", questiona Lucas Marques
Fonte: Estado de Minas (MG)
Priorizar a Educação como vetor fundamental para o desenvolvimento do país; universalizar o acesso à Educação de qualidade para todas as crianças e jovens de 4 a 17 anos; e valorizar o Professor, com melhores salários e melhor formação. Sim, este provavelmente é um desejo seu, como o é de milhões de brasileiros. Essas três questões são as propostas dos candidatos à Presidência da República que melhor foram avaliadas por quase 600 mil usuários do site projetobrasil.org. Com média de 4,6 pontos (de uma pontuação que vai de 1 a 5), dá para perceber claramente o que a população quer do próximo líder brasileiro. Mas será que os presidenciáveis sabem disso?
O tema foi abordado em pelo menos 118 propostas dos candidatos, sendo 35 delas focadas na Educação básica. Parece muito, mas não é. Ao todo, os candidatos à Presidência protocolaram 1.363 propostas no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), sendo que a maioria está relacionada ao desenvolvimento econômico (168).
Mas, como ter desenvolvimento econômico sem Educação? Esse tema não deveria ser prioridade na agenda? Como focar em tecnologia, inovação e empreendedorismo, se mais de 50% dos candidatos à Presidência não apresentaram nem sequer uma proposta para Educação profissional? É animador ver que as pessoas estão participando, mostrando o que querem – e o que não querem. Em menos de um mês, o projetobrasil.org tornou-se espaço para o cidadão conhecer, comparar e avaliar as propostas dos candidatos, além de ser uma referência para os políticos na elaboração de seus planos de governo.
Da mesma forma que há propostas muito populares, há aquelas que não passam de 1,8 na avaliação dos usuários: proibir a realização de horas extras para mulheres; não pagar a dívida pública; promover um encontro latino-americano contra o imperialismo, propondo uma pauta que inclua a defesa do governo bolivariano na Venezuela; e combater a Escola de tempo integral em parceria com grupos imperialistas.
Cerca de 55 mil pessoas realizaram as análises em apenas uma semana, estimuladas principalmente pelo teste cego, em que os usuários avaliam aleatoriamente as propostas, sem saber quem é o proponente – informação que somente é revelada depois da nota dada pelo usuário. Depois de avaliar um mínimo de 20 propostas, a ferramenta exibe um ranking individual com os candidatos que têm melhor pontuação.
Isso mostra também que política pode não ser um assunto chato. Dependendo da forma em que é tratada, pode ficar, sim, muito interessante. Afinal, são assuntos que interferem diretamente na nossa vida e podem transformar nossa realidade. Está na hora de deixar que os políticos saibam o que a população quer, o que espera de seus líderes, o que acha de suas ideias. Quanto mais pessoas participarem, mais subsídios eles terão para fazer um melhor mandato.
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