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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Manobra da oposição derruba sessão na Assembleia

30 de outubro de 2014
Falta de quórum impossibilitou a votação do projeto de lei que prorroga por um ano o mandato de diretores de escolas estaduais no Paraná

Fonte: Gazeta do Povo (PR)

Uma manobra regimental derrubou ontem a sessão da Assembleia Legislativa em que seria votado o projeto de lei que prorroga por um ano o mandato de diretores de escolas estaduais no Paraná. A sessão foi encerrada, por falta de quórum, quando o plenário votava outros itens da pauta e só 25 presenças haviam sido confirmadas. O quórum mínimo para as votações é de 28 deputados.
Algumas matérias chegaram a ser aprovadas antes, mas deputados do PT, do PMDB e do PRB não assinalavam presença no pai­­nel. O deputado Pastor Edson Praczyk (PRB) chegou a usar o banheiro da área de imprensa durante a votação.
Deputados da base questionaram o artifício. “Não entendo como um deputado pode estar ausente e ao mesmo tempo estar aqui e dar encaminhamento ou pedir a palavra pela or­­dem”, disse o deputado Nelson Justus (DEM).
O líder da oposição, Ta­­deu Veneri (PT), rebateu. Segundo ele, não existe nenhuma menção no regimento interno que obrigue os deputados a marcarem presença no painel. O argumento foi aceito e o presidente da Casa, Valdir Rossoni (PSDB), encerrou a sessão.
“A oposição usou um ar­­tifício. Foi inteligente e saiu vitoriosa”, admitiu o líder do governo, deputado Ademar Traiano (PSDB), que passou a tarde no telefone ligando para deputados que não estavam na Casa. Nos bastidores, deputados queixavam-se de que o projeto deveria ser melhor discutido. 
A proposta chegou à Assembleia na semana passada. A ideia do governo era transformar o plenário em comissão geral e votar o projeto ontem. “A base do governo é de maioria folgada. Mas às vezes até um transatlântico afunda”, comemorou Veneri.
Nas galerias, professores ligados à APP-Sindicato comemoraram. “O prazo para inscrição das chapas se encerrava hoje [ontem]. O governo nunca nos procurou e agora, em cima da hora, quer mudar as regras”, disse o presidente da APP, Hermes Silva Leão.
Diretores de escola gritaram palavras de ordem contra o sindica­­to. “De­­fendemos eleições limpas, mas hoje o pro­­cesso é viciado pela APP”, dis­­se Alci Romero, di­­re­­tor de uma escola em Almirante Tamandaré.

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