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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Gasto do país por aluno sobe, mas ainda é baixo

10 de setembro de 2014
Gasto público total na área representou 6,1% do PIB brasileiro, enquanto a média da OCDE é de 5,6%

Fonte: Diário do Nordeste (CE)



Estudo feito pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que o Brasil investe proporcionalmente mais em Educação do que os países mais ricos, mas o gasto por Aluno ainda é pequeno.
De acordo com a organização, o país investe, ao ano, cerca de US$ 3.000 por estudante e está no mesmo patamar que Indonésia, México e Turquia. Países como Noruega, Áustria e Dinamarca gastam mais de US$ 10 mil e lideram o ranking de investimento por Aluno.
A média dos países que integram a organização é de US$ 9.487 por estudante. A OCDE analisou os dados de Educação referentes aos 34 países mais ricos do mundo e de outros 10 em desenvolvimento. Os números são referentes ao ano de 2011.
Na comparação com o estudo divulgado no ano passado, que leva em consideração os dados referentes a 2010, o gasto por Aluno se manteve praticamente estável no Brasil.
No entanto, na comparação com o primeiro levantamento realizado em 2003, o gasto público médio com estudante mais que dobrou - o governo gastava US$ 1.142 por Aluno. Na época, a média dos países da OCDE era de US$ 6.361.
De tudo que o governo gastou à época, 19,2% foi destinado à Educação. Os países que integram a OCDE gastaram em média 13% na área.
O gasto público total na área representou 6,1% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto a média da organização é de 5,6%. O Brasil investe principalmente em Ensino básico, que em 2011 representou 14,3% de todo o gasto do governo. A marca supera a média da OCDE que é de 8,4%.
Desemprego na OCDE
O acesso à Educação tem melhorado nos países da OCDE apesar da crise econômica, mas o desemprego aumenta entre aqueles já formados e atinge mais duramente os jovens pouco instruídos, o que constitui uma ameaça à "coesão social", de acordo com um relatório da organização.
Quase 40% das pessoas com idades entre 25 e 34 anos possui Ensino superior completo, contra 25% entre a faixa etária de 55 a 64 anos.
Em muitos países, a diferença é de mais de 20 pontos, segundo o relatório Olhares sobre a Educação 2014, da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico. A crise econômica de 2008 "não retardou o processo de expansão", e em países emergentes "a taxa de Escolarização - que era relativamente baixa - aumentou a um ritmo mais rápido do que nas economias industrializadas", revela Angel Gurria, secretário-geral da OCDE, em um comunicado. No entanto, o aumento do nível de Escolaridade nem sempre é acompanhado pela diminuição do desemprego, que atinge muitas pessoas com nível superior, especialmente os jovens.
E muitos governos "estão preocupados com o aumento do desemprego entre as pessoas mais instruídas".
Nos países da OCDE, a taxa de desemprego entre diplomados do Ensino superior foi em média de 5% em 2012, mas de 7,4% entre aqueles com idades entre 25 e 34 anos.

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