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quarta-feira, 30 de julho de 2014

UnB está entre as últimas na lista das melhores universidades do mundo


CLARA CAMPOLI - CORREIO BRAZILIENSE - 30/07/2014 - BRASÍLIA, DF

A Universidade de Brasília (UnB) ficou em 894º lugar entre 1000 universidades do mundo todo, de acordo com o Center for World University Rankings (CWUR), estudo internacional de qualidade das instituições de ensino do planeta, publicado nesta quarta-feira (30/07). O levantamento é anual e leva em conta a qualidade da educação e da equipe técnica, a empregabilidade dos alunos, a quantidade de publicações, a influência da instituição, citações em pesquisas e patentes.
A UnB ocupa o 10º lugar no ranking nacional, atrás de instituições como a Universidade de Campinas (Unicamp), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade de São Paulo (USP), que é a primeira colocada entre as brasileiras e a 131ª do mundo. As universidades americanas dominam os três primeiros lugares da lista: Harvard é a melhor do mundo, seguida por Stanford e Massachusetts Institute of Technology (MIT).
Em entrevista ao Correio Braziliense, o decano de graduação da UnB Mauro Luiz Rabelo se mostrou sereno em relação aos dados. Para ele, é problemático que 75% do peso da nota atribuída às universidades seja dividida entre prêmios recebidos por alunos e professores e a empregabilidade dos egressos em grandes empresas internacionais. Assim, 25% da nota fica por conta dos outros fatores. “Empatamos com a USP em termos de qualidade de corpo docente e no número de patentes. Também tivemos a mesma nota de qualidade de educação atribuída à Universidade Nacional de Seul, que ficou na 24ª posição. Perdemos nesse quesito de empregos. Mas onde estão as maiores empresas, já que a empregabilidade é medida assim?”, questiona.
Para o professor Rabelo, o fato de a UnB configurar entre as mil melhores universidades do mundo é algo a se comemorar. “Mesmo que seja nessa posição, é positivo. Muitas universidades sequer aparecem. Apareceram 16 universidades federais brasileiras, e temos 63”, compara. “É claro que tem pontos que dependem de nós mesmos, com o trabalho do dia-a-dia, como publicações, citações e patentes, mas isso pesa pouco. Algumas outras coisas são imponderáveis, como a notoriedade da instituição. São critérios, na minha avaliação, limitados”, critica.

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