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quarta-feira, 4 de junho de 2014

Professores da rede estadual suspendem greve em Minas Gerais


RAYDER BRAGON - UOL EDUCAÇÃO - 04/06/2014 - SÃO PAULO, SP

Servidores da rede estadual de educação de Minas Gerais anunciaram nesta quarta-feira (4) a suspensão da greve iniciada no dia 21 do mês passado. No entanto, a categoria informou que a mobilização continua. Até o momento, a paralisação tinha adesão parcial dos trabalhadores.
De acordo com representante do Sindi-UTE/MG (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais), caso não haja avanço em reunião marcada para a semana que com representantes do governo estadual, a paralisação poderá ser retomada.
José Luiz Rodrigues, diretor da entidade, informou ainda que continua a ocupação da Superintendência Regional de Ensino Metropolitana A, localizada no bairro Santo Antônio, região centro-sul de Belo Horizonte. A ocupação começou no último dia 2. A reunião, conforme Rodrigues, foi agendada para a quarta-feira (11).
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação informou que a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, concordou em se reunir com os representantes do sindicato a partir da próxima quarta.
Ainda conforme o texto, a reunião estava condicionada ao término do movimento organizado pela entidade sindical.
Os professores fizeram durante o dia de hoje uma manifestação em frente à cidade administrativa, sede do governo de Minas Gerais, e bloquearam o tráfego de veículos na rodovia MG-10 por algumas horas. A via é a principal ligação entre Belo Horizonte e o aeroporto internacional Tancredo Neves, em Confins.
Reivindicações dos professores
As principais reivindicações da categoria são o pagamento do piso nacional para os professores, o descongelamento da progressão na carreira, a nomeação mais célere de aprovados em concurso que está em vigor e melhoria nas condições de trabalho.
Beatriz Cerqueira, coordenadora-geral do Sindi-UTE/MG, também alegou uma suposta falta de diálogo do governo em relação à situação de 98 mil servidores da educação cuja efetivação, sem concurso público, foi considerada inconstitucional pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em decisão de março deste ano.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação informou que a paralisação `não reflete o que pensam os professores e demais servidores da educação`, ao citar que a adesão tem sido mínima nas escolas do Estado e que o total de grevistas nunca passou de 0,5%.
No tocante às reivindicações, a pasta afirma que o governo `jamais se fechou ao diálogo` com as entidades representativas dos servidores.
A secretária de educação de Minas Gerais, Ana Lúcia Gazzola, havia dito ao UOL que o subsídio, adotado pelo governo como forma de remuneração para a categoria, é considerado por ela como um modelo mais transparente e disse que o Estado paga um piso 42,93% acima do estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC) para as 24 horas semanais.

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