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terça-feira, 29 de abril de 2014

Ministro de CT&I ressalta a importância da Anpei


MCTI - REVISTA GESTÃO UNIVERSITÁRIA - 29/04/2014 - BELO HORIZONTE

“O papel da Anpei é fundamental em uma coordenação do sistema empresarial, produtivo, em articulação com os órgãos de governo e as instituições governamentais de fomento”, afirmou ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina Diniz, na cerimônia de abertura da 14ª Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras. A solenidade aconteceu nesta segunda-feira (28), em São Paulo.
Em seu discurso, Clelio Campolina reafirmou a necessidade que haja uma ponte entre as comunidades científica, acadêmica e empresarial e o governo em um trabalho conjunto para o desenvolvimento nacional, tendo a associação como articuladora desse processo.
O ministro citou como exemplos desse progresso o aumento da produção científica no país, do número de pesquisadores nas empresas, o crescimento nos investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e a articulação dos diferentes segmentos envolvidos nesse trabalho.
“Estou seguro de que estamos no caminho certo, embora o mundo esteja correndo muito e nós também tenhamos de correr, senão iremos ficar para trás”, afirmou o ministro. Campolina ressaltou o Inova Empresa como caso bem-sucedido de articulação entre as instituições de fomento governamentais e o sistema empresarial brasileiro.
Nova chamada
O titular do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) reafirmou a decisão de lançar o edital universal e a nova chamada do Proinfra, para infraestrutura de P&D, em parceria entre a pasta (por meio da Finep) e o Ministério da Educação, além de rediscutir os institutos nacionais de ciência e tecnologia (INCTs) – que já estão dando frutos concretos para o desenvolvimento de atividade produtiva. E, principalmente, a disposição de detalhar um conjunto de plataformas científicas e tecnológicas que possam alavancar o desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro – iniciativas que deverão se somar às políticas já em curso.
“Nós não podemos separar a nossa ciência básica da sua aplicação produtiva, em prol do desenvolvimento de um projeto nacional, que seja capaz de combinar crescimento econômico, capacidade de competição internacional, justiça social e sustentabilidade ambiental”, sintetizou o ministro.
Trinta anos de Anpei
A 14ª edição da conferência, que segue até esta terça-feira (29) e teve 1.500 inscrições, celebra também os 30 anos da associação, criada em 1984. Com o tema “Inova-ação: modelos de negócios competitivos”, é a primeira vez que está sendo promovida na capital paulista. Participaram da solenidade de abertura o presidente da entidade, Carlos Calmanovici, o secretário de Inovação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Nelson Fujimoto, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, o presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Luiz Eduardo Pereira Barreto, e o presidente do Conselho da Anpei, Pedro Wongtschowski.
Em seus discursos, os participantes relembraram os desafios de se ter construído a entidade num período de graves desequilíbrios na economia brasileira, como a inflação e a crise da dívida externa na década de 1980, e que impediam qualquer esforço empresarial em favor da inovação. Ao mesmo tempo, reconheceram os resultados positivos que esse esforço gerou nos dias de hoje, ao disseminar entre empresas e poder público a importância de investimentos em CT&I, a ponto de se transformarem em uma oportunidade de negócios.
Ao final, Luciano Coutinho ministrou uma palestra na qual fez um histórico recente da economia brasileira e de como a inovação se inseriu nesse processo e deve ganhar dimensão ainda maior na produção nacional, a fim de tornar o país mais competitivo internacionalmente.

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