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segunda-feira, 31 de março de 2014

Aplicativos ajudam família a controlar agenda de estudantes


DA REDAÇÃO - UOL EDUCAÇÃO - 31/03/2014 - SÃO PAULO, SP

Cada vez mais buscadas por alunos e professores, as novidades tecnológicas também facilitam a vida dos pais ou aproximam as famílias do cotidiano do colégio. Já são comuns aplicativos que permitem monitorar, a qualquer horário e de fora das escolas, notas, atrasos, faltas e até se a van escolar trafega na velocidade permitida. Para especialistas, o receio é que haja controle excessivo e invasão de privacidade.
O aplicativo SophiA, por exemplo, fez com que Pedro Aranha, de 12 anos, aposentasse a agenda de papel. Com a ferramenta, que organiza as atividades da semana, o pai também acompanha a rotina do filho. `Facilita a organização. Na tela do celular, posso ver tudo que haverá no dia seguinte`, conta Sérgio Aranha, de 47 anos, professor de Geometria. Para o adolescente, o app é motivo para redobrar a atenção. `Sei agora que meu pai acompanha ainda mais o que faço na sala.`
O app é uma novidade na Esfera Escola Internacional de São José dos Campos, no interior, onde Pedro estuda, e está disponível gratuitamente aos pais dos alunos. Para a diretora do colégio, Andrea Andrade, a ferramenta é mais uma opção para falar com as famílias. `Mas não elimina outras formas de comunicação`, ressalta.
Já a psicóloga Patrícia Gross, de 37 anos, conseguiu economizar alguns minutos do seu dia com o aplicativo Filho sem Fila, usado em oito escolas de São Paulo e da Região Metropolitana. O funcionamento é simples: o pai avisa pelo aparelho quando está perto do colégio e o professor responsável pelas crianças já leva o aluno à portaria.
Mãe de duas crianças, de 5 e 3 anos, Patrícia conta que as filas acabaram na porta da Escola Internacional Alphaville, em Barueri, na Grande São Paulo. `Agora nem preciso sair do volante porque eles já colocam meu filho no carro. Antes demorava quase 15 minutos.`
Vigilância
O app ZoeMob é outra solução para quem não quer perder o filho de vista. Pela ferramenta `dedo-duro`, pais podem ver se os filhos chegaram à escola, se atrasaram para alguma atividade e até conseguem saber se a van que leva as crianças anda em velocidade alta.
A psicóloga e professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Ana Luiza Mano alerta para os riscos do exagero tecnológico. `O perigo é a paranoia: ficar obcecado em monitorar cada passo do filho.` Segundo ela, é importante dosar o uso das ferramentas, também para evitar desgaste nas relações familiares.
As informações são do jornal `O Estado de S. Paulo`.

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