Em Belo Horizonte, as escolas em horário integral
esperam um incremento puxado pela PEC das Domésticas. Em abril, quando a
lei foi promulgada, e geralmente não há procura em escolas, houve um
aumento de 10% na demanda por colégios de horário integral, de acordo
com a diretora pedagógica do colégio Instituto Coração de Jesus (ICJ),
Christina Fabel. Para atender a demanda, o colégio pretende aumentar o
número de vagas para os períodos integrais no próximo ano. Christina
conta que, entre as mães, os relatos eram de que "já estava difícil
encontrar uma doméstica e depois da nova lei, ficou ainda pior." O
número de vagas na escola para esse ano já foi preenchida e há fila de
espera para 2014.No Colégio Magnum Escola Integral (MEI), a
situação não é diferente. A coordenadora Jane Magalhães conta que em
abril oito mães procuram o colégio para matricular os seus filhos.
Dessas, pelo menos seis efetivaram a matrícula. Ainda de acordo com
Jane, trocar a doméstica pela escola vale a pena para as famílias que
têm até dois filhos. "Os custos com a doméstica são altos e devem ficar
ainda maiores depois da regulamentação total. Manter um filho na escola
vai gerar os mesmo custos, mas com benefícios que a trabalhadora
doméstica não pode oferecer", garante.
A empresária Daniela
Alkimim Resende Cerqueira optou por dispensar a babá e colocar o filho
Matheus, de 3 anos, em uma escola de tempo integral. Os custos mensais
com a doméstica giravam em torno de R$ 1 mil. Além disso, Daniela
gastava R$ 470 com a mensalidade da escola infantil, num total de R$
1.470. Ao fazer as contas, a empresária percebeu que economizaria cerca
de R$ 300 ao matricular o filho em uma escola em tempo integral, onde
ele participa de atividades lúdicas, recebe alimentação, orientação no
dever de casa e pratica esportes. "Além de eu gastar menos, estou
investindo na educação do meu filho. Com a babá, ele ficava a maior
parte do tempo sem atividade, assistindo a TV", comenta.
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