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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Bolsa do MEC deve estimular jovens a virarem professores


11/09/2013
Programa combaterá déficit de professores EDUCAÇÃO Plano do MEC pagará bolsa de R$ 150 a alunos de escolas públicas que participarem de projetos de iniciação científica em matemática, física, química e biologia
BRASÍLIA - O Ministério da Educação (MEC) lançará nos próximos dias um programa para tentar estimular alunos do ensino médio a seguir a carreira de professor de matemática, física, química e biologia.
Batizado de "Quero ser cientista, quero ser professor", o novo programa pagará bolsa de R$ 150 por mês a estudantes de escolas públicas que participarem de projetos de iniciação científica nas quatro disciplinas, com apoio de universidades.
O anúncio foi feito ontem pelo ministro Aloizio Mercadante, após a abertura do 2º Congresso Todos pela Educação. "Precisamos pegar estudantes que tenham grande talento e vocação. À medida que você estimula, que você fomenta, que você dá condições de ele (aluno) ter cada vez mais interesse, ele vai de alguma forma, na nossa avaliação, para a área das exatas. Ou vai ser um professor ou pode ser um físico, um químico", disse Mercadante.
Segundo o ministro, o pagamento das bolsas terá início nos próximos meses, podendo ficar para o ano que vem. De início, serão selecionados 30 mil estudantes de escolas públicas. A meta é elevar esse número para 100 mil, o que equivale a menos de 2% do total de alunos da rede pública de ensino médio. Mercadante afirmou que o déficit de professores da área de exatas nas escolas do País é de 170 mil profissionais.
O ministro disse ainda que o novo programa seguirá a lógica de projetos de iniciação científica já existentes no ensino superior. O objetivo é aproximar escolas de nível médio e universidades. Os alunos contemplados com a nova bolsa terão que desenvolver projetos, sob tutoria de professores das próprias escolas e universitários que participam de outro programa de bolsas federal, o Pibid, destinado a alunos dos cursos de licenciatura (formação de professores).
A pedadoga Paula Louzano, que é professora da Universidade de São Paulo (USP), elogiou a iniciativa de integrar escolas de ensino médio com as universidades. Paula chamou a atenção, porém, para o fato de que o ponto crucial de qualquer política pública é sua implementação. "O programa ataca um ponto importante que é fazer o vínculo da universidade com a escola", disse Paula.
HISTÓRICO
O 2º Congresso continua hoje e é promovido pela organização não governamental Todos pela Educação. O empresário Jorge Gerdau, que é presidente do Conselho de Governança do Todos pela Educação classificou como histórica a última segunda-feira, quando a presidente Dilma Rousseff sancionou o projeto de lei que destinará 75% dos royalties do petróleo para a educação. "É o investimento mais importante que existe em qualquer país. A eficiência econômica e a produtividade passam pela educação", afirmou Gerdau, que também preside a Câmara de Políticas de Gestão do governo federal.

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