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sexta-feira, 1 de junho de 2012

Mães cobram monitores em ônibus escolar após atropelamento em MG
Do G1 Triângulo Mineiro - G1 Globo.com - 01/06/2012 - Rio de Janeiro, RJ
Moradores do Bairro Shopping Park, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, reclamam da falta de uma escola para atender as crianças da localidade e que a ausência de uma unidade tem gerado problemas e riscos aos estudantes. Segundo algumas mães, para não deixar de frequentar a escola, os estudantes são matriculados em instituições de outros bairros. O problema é que os ônibus cedidos pela Prefeitura para fazer o transporte escolar não têm monitores. O resultado é bagunça dentro do veículo e perigo quando os estudantes desembarcam. Prova disso foi o atropelamento de um aluno de 11 anos na última terça-feira (29). O adolescente desceu do coletivo e foi atingido por um outro ônibus que seguia na Avenida Rescalla Sabag, no mesmo bairro, quando chegava da escola.
De acordo com o assessor jurídio da Secretaria de Educação, Paulo César Alves, a escola no Bairro Shopping Park deve ser inaugurada no final de agosto deste ano e depois disso o transporte escolar não será mais necessário.
Os moradores afirmam que o atropelamento do menino de 11 anos foi o segundo caso registrado em uma única semana. Os pais cobram monitores para acompanhar as crianças nos ônibus. `A Prefeitura quer que as mães sejam monitoras nos ônibus, mas acredito que essa função deve ser feita por uma pessoa treinada. A mãe não pode ter responsabilidade sobre todas essas crianças. Se a Prefeitura liberou o transporte, já que no bairro não tem escola, tinha que colocar um monitor também`, disse Graciele Teixeira.
Para o assessor jurídico Paulo César, os responsáveis pelos alunos devem orientar e conscientizar os filhos em relação ao comportamento deles dentro dos ônibus. `Precisamos contar com essa atitude dos pais para evitar transtornos. O contrato de prestação de serviço de transporte escolar não prevê a presença de um monitor dentro do veículo, o que causaria ônus para a Prefeitura`, explicou.
Como os coletivos estão sempre lotados, muitos estudantes fazem a viagem em pé. Nesta quinta-feira (31), uma pedra foi atirada por um estudante que estava dentro do ônibus em direção ao motorista do coletivo. O condutor do veículo não se machucou. Diante da situação, teve mãe que abriu mão do transporte gratuito.
`Prefiro ter um gasto do que deixar meu filho nessa bagunça`, reclamou a dona de casa Rosilene Francisco Nascimento.
Paulo César comentou ainda que os pais de alunos que quiserem se candidatar ao trabalho voluntário de monitormento receberá instrução e treinamento. `Basta procurar a Secretaria de Educação e se candidatar. Esses pais serão amigos da escola e vão prestar serviço em benefício dos alunos`, explicou.

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