Eles
querem que o projeto seja alterado antes da votação, prevista para esta quarta
Fonte: Jornal O Dia (PI)
O projeto de reajuste para os professores
municipais de Teresina, encaminhado pela Prefeitura à Câmara na última
sexta-feira (27), dever ser votado amanhã (2), em caráter de urgência, pelos
vereadores. Contudo, há um impasse: o sindicato da categoria identificou três
problemas no projeto e ameaça manter a greve, que já dura 86 dias, se não
houver modificações antes da votação.
A Prefeitura de Teresina propôs
um aumento de 22,22%, em cumprimento à Lei do Piso. A decisão do MEC que fixou
em R$ 1.451,00 o salário dos professores é retroativa para 1º de janeiro de
2012. Mas, de acordo com a assessora jurídica do Sindicato dos Servidores
Públicos Municipais de Teresina (Sindserm), Adonyara Azevedo, a proposta da
Prefeitura diz que o reajuste seria dado a partir de 1° de maio. Este seria o
primeiro problema.
O Sindserm verificou também que o
projeto não inclui os inativos e os pensionistas, como determina a Lei do Piso.
Além disso, o Sindicato argumenta que o reajuste de 22,22% já está defasado, já
que a Prefeitura não pagou o piso no ano passado, de R$1.187,00. Segundo o
Sindserm, a Prefeitura pagava apenas R$1.167,00. Dessa forma, para alcançar o
valor do piso estabelecido pelo MEC, o reajuste deveria ser de 24,26%, linear
para todos os professores.
"Tem que botar que vale para
inativos e pensionistas, que esse valor tem que ser dado a partir de janeiro e
tem que dar o reajuste de 24,26%", enumerou Adonyara.
A advogada informou que
representantes da categoria estiveram reunidos ontem (30) com o presidente da
Câmara, vereador Edvaldo Marques (PSB), e com a vereadora Graça Amorim, líder
da Prefeitura na Casa, para discutir cada um desses três pontos.
Segundo Adonyara, a vereadora
Graça Amorim se comprometeu em apresentar as reclamações ao prefeito Elmano
Férrer, e amanhã, antes da votação, ela deve dar uma resposta à categoria. A
reunião com a vereadora está prevista para acontecer às 9 horas desta
quarta-feira, na Câmara.
Assim que tomarem conhecimento do
posicionamento do prefeito, os professores farão nova assembleia geral, na
própria Câmara, para definir os rumos do movimento grevista. A sessão para
votação do projeto deve começar às 11 horas.
Adonyara se mostrou otimista
quanto ao atendimento das reivindicações e o consequente fim da greve.
"Nós acreditamos que o prefeito atenderá esses pontos. Pelo sentimento que
eu tive, ela [Graça Amorim] percebeu quanto aos pensionistas. A gente tem muita
chance de avançar pelo menos quanto aos aposentados", disse a advogada.
Mas, se não forem feitas as alterações, o Sindserm avisa: a greve tende a continuar
por tempo indeterminado.
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