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terça-feira, 1 de maio de 2012

PROFESSORES IDENTIFICAM ERROS NO PROJETO DE REAJUSTE DA PREFEITURA E PODEM MANTER GREVE

Eles querem que o projeto seja alterado antes da votação, prevista para esta quarta
Fonte: Jornal O Dia (PI)

O projeto de reajuste para os professores municipais de Teresina, encaminhado pela Prefeitura à Câmara na última sexta-feira (27), dever ser votado amanhã (2), em caráter de urgência, pelos vereadores. Contudo, há um impasse: o sindicato da categoria identificou três problemas no projeto e ameaça manter a greve, que já dura 86 dias, se não houver modificações antes da votação.
A Prefeitura de Teresina propôs um aumento de 22,22%, em cumprimento à Lei do Piso. A decisão do MEC que fixou em R$ 1.451,00 o salário dos professores é retroativa para 1º de janeiro de 2012. Mas, de acordo com a assessora jurídica do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm), Adonyara Azevedo, a proposta da Prefeitura diz que o reajuste seria dado a partir de 1° de maio. Este seria o primeiro problema.
O Sindserm verificou também que o projeto não inclui os inativos e os pensionistas, como determina a Lei do Piso. Além disso, o Sindicato argumenta que o reajuste de 22,22% já está defasado, já que a Prefeitura não pagou o piso no ano passado, de R$1.187,00. Segundo o Sindserm, a Prefeitura pagava apenas R$1.167,00. Dessa forma, para alcançar o valor do piso estabelecido pelo MEC, o reajuste deveria ser de 24,26%, linear para todos os professores.
"Tem que botar que vale para inativos e pensionistas, que esse valor tem que ser dado a partir de janeiro e tem que dar o reajuste de 24,26%", enumerou Adonyara.
A advogada informou que representantes da categoria estiveram reunidos ontem (30) com o presidente da Câmara, vereador Edvaldo Marques (PSB), e com a vereadora Graça Amorim, líder da Prefeitura na Casa, para discutir cada um desses três pontos.
Segundo Adonyara, a vereadora Graça Amorim se comprometeu em apresentar as reclamações ao prefeito Elmano Férrer, e amanhã, antes da votação, ela deve dar uma resposta à categoria. A reunião com a vereadora está prevista para acontecer às 9 horas desta quarta-feira, na Câmara.
Assim que tomarem conhecimento do posicionamento do prefeito, os professores farão nova assembleia geral, na própria Câmara, para definir os rumos do movimento grevista. A sessão para votação do projeto deve começar às 11 horas.
Adonyara se mostrou otimista quanto ao atendimento das reivindicações e o consequente fim da greve. "Nós acreditamos que o prefeito atenderá esses pontos. Pelo sentimento que eu tive, ela [Graça Amorim] percebeu quanto aos pensionistas. A gente tem muita chance de avançar pelo menos quanto aos aposentados", disse a advogada. Mas, se não forem feitas as alterações, o Sindserm avisa: a greve tende a continuar por tempo indeterminado.




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