Professores
decidem voltar às salas de aula hoje. Calendário para cumprir os 200 dias
letivos nas escolas públicas do Distrito Federal será definido em reunião entre
representantes do governo e dos docentes, que ocorrerá à tarde
Fonte: Correio Braziliense (DF)
Os professores da rede pública de
ensino deverão voltar hoje às salas de aula. Em assembleia realizada ontem, a
categoria decidiu suspender a greve que durou 52 dias, para, durante um
mês, analisar o cumprimento das propostas feitas pelo Governo do Distrito
Federal (GDF). Entre elas, está o pagamento de auxílio-saúde de R$ 200 até
junho e o encaminhamento, em 30 dias, à Câmara Legislativa, de projeto de lei
com plano de carreira que garanta a isonomia com as outras categorias do DF, no
prazo máximo de quatro anos. Caso o acordo não seja cumprido, uma assembleia
está marcada para 14 de junho em frente ao Palácio do Buriti, com possibilidade
de ser deflagrada uma nova greve. Hoje, às 14h, representantes do governo e dos
docentes se reúnem para definir o calendário de reposição.
Durante a votação para a
suspensão da paralisação, os professores ficaram divididos. Eles queriam que
fosse modificada a redação dos itens propostos pelo governo e a realização de
uma nova assembleia para amanhã. Alguns insistiam na incorporação da
gratificação denominada Tidem, ainda este ano, e não até 2014, como ficou
definido. Caso a medida fosse tomada imediatamente, o governo sustenta que
haveria uma despesa de pessoal da ordem de R$ 515 milhões e um impacto de 4
pontos percentuais adicionais à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que
colocariam o Executivo na ilegalidade.
O comando de greve do Sindicato
dos professores (Sinpro) considerou as propostas insuficientes, mas avaliou a
necessidade de voltar às salas de aula, dadas as circunstâncias jurídicas e de
negociação do momento. “Não quer dizer que aceitamos a proposta, porque ela não
representa o que desejamos de fato, que é uma tabela salarial prevendo isonomia
com as categorias de nível superior. Suspendemos a greve apenas para
reorganizar a luta. O governo tem o compromisso de cumprir o que ficou acertado
sob pena de voltarmos à greve ainda este ano”, ressaltou o diretor jurídico do
Sinpro, Washington Dourado.
O secretário de Administração
Pública, Wilmar Lacerda, disse que o GDF fará o encaminhamento com base no
acordo feito com os servidores da Educação. “Estamos trabalhando para cumprir
item a item das propostas e não termos mais nenhum problema com a categoria.
Cumpriremos com a nossa parte.”
Encontro
A partir de agora, os cerca de 500 mil alunos das Escolas públicas do DF enfrentarão uma maratona para reposição dos 34 dias úteis de aula perdidos. Hoje, Wilmar Lacerda e o secretário de Educação, Denilson Bento, se reunirão com representantes do Sinpro para discutir um novo calendário que permita aos estudantes terminarem o ano com 200 dias letivos de cada disciplina. Entre as cinco possibilidades a serem analisadas está a reposição feita aos sábados, de maneira alternada ao longo do ano e durante parte do recesso de julho e dezembro. Existe ainda a chance de o calendário se estender até janeiro de 2013. Neste sábado, os docentes participarão de uma plenária na sede do sindicato, no Setor de Indústrias Gráficas (SIG), para estudar a melhor forma de organizar os trabalhos dos próximos dias.
A partir de agora, os cerca de 500 mil alunos das Escolas públicas do DF enfrentarão uma maratona para reposição dos 34 dias úteis de aula perdidos. Hoje, Wilmar Lacerda e o secretário de Educação, Denilson Bento, se reunirão com representantes do Sinpro para discutir um novo calendário que permita aos estudantes terminarem o ano com 200 dias letivos de cada disciplina. Entre as cinco possibilidades a serem analisadas está a reposição feita aos sábados, de maneira alternada ao longo do ano e durante parte do recesso de julho e dezembro. Existe ainda a chance de o calendário se estender até janeiro de 2013. Neste sábado, os docentes participarão de uma plenária na sede do sindicato, no Setor de Indústrias Gráficas (SIG), para estudar a melhor forma de organizar os trabalhos dos próximos dias.
Folha suplementar garantida
Para os professores que tiveram o ponto cortado, o GDF fará uma folha suplementar até próximo dia 11. “Vamos fazer o pagamento na quinta-feira ou na sexta-feira, mas aqueles que tiveram seus pontos cortados, o acordo feito é de que nós faríamos folha suplementar para refazer os dados da Secretaria de Educação”, explicou Wilmar Lacerda. Entretanto, os professores que fizeram greve não poderão faltar nos dias de reposição, sob pena de receberem o salário proporcional ao dia trabalhado. “Faremos um calendário que não traga nenhum prejuízo ao conteúdo pedagógico”, completou o secretário de Administração.
Para os professores que tiveram o ponto cortado, o GDF fará uma folha suplementar até próximo dia 11. “Vamos fazer o pagamento na quinta-feira ou na sexta-feira, mas aqueles que tiveram seus pontos cortados, o acordo feito é de que nós faríamos folha suplementar para refazer os dados da Secretaria de Educação”, explicou Wilmar Lacerda. Entretanto, os professores que fizeram greve não poderão faltar nos dias de reposição, sob pena de receberem o salário proporcional ao dia trabalhado. “Faremos um calendário que não traga nenhum prejuízo ao conteúdo pedagógico”, completou o secretário de Administração.
Segundo Washington Dourado, do
Sinpro, a qualidade da reposição estará garantida aos estudantes. “Vamos
assegurar, inclusive, a reposição para os alunos que, durante a greve, não
assistiram às aulas dos professores que não aderiram ao movimento. É um direito
deles”, destacou o diretor do Sinpro. Mas, de acordo com Wilmar Lacerda, não há
justificativa para um professor que não aderiu ao movimento ter de repor um
conteúdo duas vezes. “Essa questão será resolvida em cada Escola”, explicou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário