Segundo
secretário, reposição pode ocorrer também nos fins de semana. Greve dos
professores foi suspensa, após 52 dias de paralisação
Fonte: G1
O secretário de Administração do
governo do Distrito Federal, Wilmar Lacerda, afirmou nesta quarta-feira (2) que
a reposição de aulas na rede pública de ensino por causa da greve dos
professores vai comprometer as férias de julho e de dezembro de 2012.
Segundo ele, a depender de cada
escola, finais de semana também serão utilizados para recompor os 34 dias
úteis de aula perdidos. A rede pública de ensino do Distrito Federal tem 540
mil alunos matriculados em 649 escolas.
“Temos que ter ao menos 200 dias
de ano letivo. Há condições de repor os 34 dias úteis da greve este ano.
Não teríamos férias do meio do ano, alguns sábados e o período de férias de
dezembro. Daria para recompor”, afirma Wilmar Lacerda.
O sindicato informou que nesta
quinta-feira haverá uma reunião com a Secretaria de Educação para definir um
calendário de reposição de aulas. De acordo com a entidade, nenhum aluno será
prejudicado, já que os professores se comprometeram a repor todas as aulas
perdidas.
Os professores decidiram em
assembleia nesta manhã suspender a greve iniciada em 12 de março. Eles voltam
ao trabalho nesta quinta-feira (2). Os docentes decidiram manter o estado de
greve e afirmam que, se as negociações não avançarem como acordado, deixam as
salas de aula mais uma vez.A paralisação chegou a seu 52º dia e foi a terceira
maior na história da categoria.
Ainda segundo Wilmar Lacerda, não
haverá impacto se a reposição avançar pelo ano de 2013. “Se tiver que
entrar no ano seguinte, não tem problema, porque não necessariamente o ano
letivo é igual ao ano do calendário. Não tem nenhum problema, por exemplo,
avançar até o dia 10 de janeiro de 2013.”
O secretário de Administração
informou que, com o fim da greve, cada uma das 600 escolas deverá
apresentar um calendário de reposição. “Há escolas que não pararam, outras que
pararam parcialmente e aquelas que participaram integralmente. Já haverá uma
reunião na Secretaria de Educação nesta quinta-feira para tratar da
recomposição observando caso a caso.”
Lacerda afirma que a recomposição
é parte do acordo apresentado no último dia 30, aceito pelo GDF e pelo
Sindicato dos Professores (Sinpro) e intermediado por entidades como a
Universidade de Brasília (UnB) e a Ordem dos Advogados do Brasil no DF
(OAB-DF).
O acordo inclui o aumento da
proposta de auxílio saúde de R$ 120 para R$ 200; a discussão sobre a
reestruturação do plano de carreira a partir de setembro; divulgação do edital
de convocação para contratação para a rede pública; e oferecimento de curso de
integração aos professores e de programas de acompanhamento e avaliação do
estágio probatório.
Corte de ponto
Os professores terão os dias de greve cortados da folha de ponto, informa o secretário Lacerda. Mas, segundo o acordo feito, com o compromisso da reposição, será criada uma folha suplementar que garantirá o pagamento do salário dos professores até o dia 11 de maio.
Os professores terão os dias de greve cortados da folha de ponto, informa o secretário Lacerda. Mas, segundo o acordo feito, com o compromisso da reposição, será criada uma folha suplementar que garantirá o pagamento do salário dos professores até o dia 11 de maio.
“A folha do mês que passou já
está consolidada, não há como mudá-la. Porém, assumimos com o sindicato o
compromisso, mediante acordo sobre reposição, de ter uma folha suplementar. Se
não houver reposição, aí sim teremos o corte de ponto efetivo.”
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