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promete dar continuidade à paralisação até o governo voltar atrás e conceder o
reajuste linear de 22% para todos os professores
Fonte: Diário do Povo (PI)
O anúncio da concessão do
reajuste de 22,22% para os professores da rede municipal fortaleceu ainda mais
a greve dos professores do Estado. Eles prometem dar continuidade à paralisação
até o governo voltar atrás e conceder o reajuste linear de 22% para todos os
professores. "O prefeito dizia que não podia pagar o piso e os professores
provaram o contrário. Provamos o mesmo ao Governo do Estado e queremos a
revogação do projeto aprovado na Assembleia Legislativa, onde perdemos a
regência, não é concedido um aumento linear e também não é garantido o
pagamento do retroativo", destacou a presidente do Sinte (Sindicato dos
Trabalhadores em Educação) no Piauí, Odeni Silva.
Na manhã de ontem, os professores
ocuparam a praça da Liberdade, ao lado do Palácio de Karnak, em mais uma
manifestação. Segundo Odeni, na próxima quinta-feira há uma reunião marcada com
o governador do Estado, Wilson Martins. Ela afirma que a categoria vê com
tristeza a aprovação do projeto enviado à Assembleia pelo governo, que prevê
reajuste de 22% para professores das classes A e B e 6,8% para aqueles das
demais classes. "É um projeto inconstitu-cional e a greve continua",
ga-rantiu a presidente do Sinte.
O projeto encaminhado pela
prefeitura à Câmara de Vereadores estava previsto para ser votado em regime de
urgência na manhã de ontem. No entanto, até o fechamento dessa edição não tinha
passado pelo plenário. O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais
(Sindserm), Sinésio Soares, disse que só acredita no reajuste quando ele for
aprovado e documentado. "Na verdade, não se trata de um novo projeto. É
uma mensagem do prefeito, informando que vai cumprir com a lei do piso",
completou.
Ele disse que no total foram
reivindicados 23 pontos, incluindo aí o pagamento do piso salarial do
professor. "Não ouvimos falar nada a respeito do pagamento retroativo.
Afinal, o piso já deveria ter sido pago desde janeiro. Sendo assim, são três
meses com o reajuste", diz. Sinésio não quis se precipitar, mas reconheceu
que a aprovação do reajuste - se confirmada - juntamente com a garantia dos
outros itens, pode representar a maior conquista dos professores nos últimos
anos.
A preocupação, segundo ele, é que
a proposta seja documentada até hoje, já que os professores se reúnem hoje pela
manhã em mais uma assembleia, no Teatro de Arena, a partir das 9 horas.
"Como vamos votar o fim da paralisação se a proposta não estiver
documentada? Não podemos nos basear naquilo que está sendo divulgado pela
mídia", concluiu.
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