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sexta-feira, 27 de abril de 2012

GREVE DOS PROFESSORES ESTADUAIS GANHA FORÇA

Categoria promete dar continuidade à paralisação até o governo voltar atrás e conceder o reajuste linear de 22% para todos os professores
Fonte: Diário do Povo (PI)

O anúncio da concessão do reajuste de 22,22% para os professores da rede municipal fortaleceu ainda mais a greve dos professores do Estado. Eles prometem dar continuidade à paralisação até o governo voltar atrás e conceder o reajuste linear de 22% para todos os professores. "O prefeito dizia que não podia pagar o piso e os professores provaram o contrário. Provamos o mesmo ao Governo do Estado e queremos a revogação do projeto aprovado na Assembleia Legislativa, onde perdemos a regência, não é concedido um aumento linear e também não é garantido o pagamento do retroativo", destacou a presidente do Sinte (Sindicato dos Trabalhadores em Educação) no Piauí, Odeni Silva.
Na manhã de ontem, os professores ocuparam a praça da Liberdade, ao lado do Palácio de Karnak, em mais uma manifestação. Segundo Odeni, na próxima quinta-feira há uma reunião marcada com o governador do Estado, Wilson Martins. Ela afirma que a categoria vê com tristeza a aprovação do projeto enviado à Assembleia pelo governo, que prevê reajuste de 22% para professores das classes A e B e 6,8% para aqueles das demais classes. "É um projeto inconstitu-cional e a greve continua", ga-rantiu a presidente do Sinte. 
O projeto encaminhado pela prefeitura à Câmara de Vereadores estava previsto para ser votado em regime de urgência na manhã de ontem. No entanto, até o fechamento dessa edição não tinha passado pelo plenário. O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (Sindserm), Sinésio Soares, disse que só acredita no reajuste quando ele for aprovado e documentado. "Na verdade, não se trata de um novo projeto. É uma mensagem do prefeito, informando que vai cumprir com a lei do piso", completou. 
Ele disse que no total foram reivindicados 23 pontos, incluindo aí o pagamento do piso salarial do professor. "Não ouvimos falar nada a respeito do pagamento retroativo. Afinal, o piso já deveria ter sido pago desde janeiro. Sendo assim, são três meses com o reajuste", diz. Sinésio não quis se precipitar, mas reconheceu que a aprovação do reajuste - se confirmada - juntamente com a garantia dos outros itens, pode representar a maior conquista dos professores nos últimos anos. 
A preocupação, segundo ele, é que a proposta seja documentada até hoje, já que os professores se reúnem hoje pela manhã em mais uma assembleia, no Teatro de Arena, a partir das 9 horas. "Como vamos votar o fim da paralisação se a proposta não estiver documentada? Não podemos nos basear naquilo que está sendo divulgado pela mídia", concluiu.



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