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quarta-feira, 28 de março de 2012

PROFESSORES DECIDEM MANTER GREVE


Assembleia da categoria foi em frente ao Palácio do Buriti: transtorno no Eixo Monumental na hora do almoço
Fonte: Correio Braziliense (DF)
A greve dos professores chega ao 17º dia hoje. Ontem, os docentes decidiram, em assembleia, continuar com a paralisação. Hoje, eles prometem fazer mobilizações nas Escolas para convencer colegas a aderir ao movimento. Cerca de 5 mil pessoas compareceram à votação em frente ao Palácio do Buriti. Eles pedem equiparação salarial com outros funcionários públicos de nível superior do Distrito Federal. De acordo com o secretário de Educação, Denilson Bento da Costa, se o governo desembolsar o aumento pedido, estará desrespeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal, que fixa o limite de gastos com pessoal em 49% da receita corrente líquida.
Por conta da assembleia, motoristas que voltavam para casa no horário do almoço enfrentaram engarrafamento de pelo menos quatro quilômetros. Por volta do meio-dia, assim que a categoria concluiu as votações, os manifestantes invadiram a pista do Eixo Monumental em frente ao Palácio do Buriti e pararam o trânsito no local por 20 minutos. Ao mesmo tempo que gritavam palavras de ordem com os manifestantes, representantes do Sindicato dos professores do DF (Sinpro) pediam que o grupo “tivesse calma” e que não invadisse ou depredasse a sede do governo local. Policiais militares e seguranças do órgão fizeram um cordão de isolamento ao redor do prédio.
De acordo com Washington Dourado, diretor do Sinpro, o movimento deve durar até que o governo mude o posicionamento. Além disso, ele disse que o sindicato tenta “de todas as formas, abrir um diálogo com o GDF”. “Parte do dinheiro que o GDF recebe do Fundo Constitucional vai para a Secretaria de Educação. Eles podiam muito bem repassar essa quantia para os professores em vez de nos pagar com verba própria”, reclamou.
No limite
O secretário de Educação, Denilson Bento da Costa, ressalta que o GDF não tem nenhuma possibilidade de reajustar o salário dos professores no momento. Além disso, segundo Denilson, o diálogo continua aberto, e pelo menos 90% das reivindicações da categoria já foram negociadas. “Só podemos falar sobre reajuste quando conseguirmos diminuir os custos de pessoal. Eles (os professores) têm que avaliar até que ponto podemos negociar. Isso já foi dito e documentado”, afirmou.
Ainda segundo o chefe da pasta, os docentes receberam reajuste em 2011 de 13,83%, o dobro da inflação e de qualquer reajuste para a categoria em outros estados. “Temos três anos pela frente e estamos cumprindo com tudo que nos propusemos à categoria. Nós, inclusive, chegamos a apresentar uma proposta de reformulação de carreira que foi negada pelo sindicato”, disse. “Trabalhamos pelo diálogo, pela negociação, e esperamos que isso aconteça no decorrer dessa semana. Lamentamos pela greve. A falta de aulas prejudica a todos”, completou.
Guerra de números

A greve prejudica cerca de 550 mil estudantes. De acordo com um levantamento da Secretaria de Educação, feito na última sexta-feira, 42% dos cerca de 27 mil professores estão parados. O Sinpro, por sua vez, alega que aproximadamente 65% dos profissionais cruzaram os braços. Nenhuma das Escolas do DF parou completamente

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