Assembleia
da categoria foi em frente ao Palácio do Buriti: transtorno no Eixo Monumental
na hora do almoço
Fonte: Correio Braziliense (DF)
A greve dos professores chega ao
17º dia hoje. Ontem, os docentes decidiram, em assembleia, continuar com a
paralisação. Hoje, eles prometem fazer mobilizações nas Escolas para convencer
colegas a aderir ao movimento. Cerca de 5 mil pessoas compareceram à votação em
frente ao Palácio do Buriti. Eles pedem equiparação salarial com outros
funcionários públicos de nível superior do Distrito Federal. De acordo com o
secretário de Educação, Denilson Bento da Costa, se o governo desembolsar o
aumento pedido, estará desrespeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal, que
fixa o limite de gastos com pessoal em 49% da receita corrente líquida.
Por conta da assembleia,
motoristas que voltavam para casa no horário do almoço enfrentaram
engarrafamento de pelo menos quatro quilômetros. Por volta do meio-dia, assim
que a categoria concluiu as votações, os manifestantes invadiram a pista do
Eixo Monumental em frente ao Palácio do Buriti e pararam o trânsito no local
por 20 minutos. Ao mesmo tempo que gritavam palavras de ordem com os
manifestantes, representantes do Sindicato dos professores do DF (Sinpro)
pediam que o grupo “tivesse calma” e que não invadisse ou depredasse a sede do
governo local. Policiais militares e seguranças do órgão fizeram um cordão de
isolamento ao redor do prédio.
De acordo com Washington Dourado,
diretor do Sinpro, o movimento deve durar até que o governo mude o
posicionamento. Além disso, ele disse que o sindicato tenta “de todas as formas,
abrir um diálogo com o GDF”. “Parte do dinheiro que o GDF recebe do Fundo
Constitucional vai para a Secretaria de Educação. Eles podiam muito bem
repassar essa quantia para os professores em vez de nos pagar com verba
própria”, reclamou.
No limite
O secretário de Educação,
Denilson Bento da Costa, ressalta que o GDF não tem nenhuma possibilidade de
reajustar o salário dos professores no momento. Além disso, segundo Denilson, o
diálogo continua aberto, e pelo menos 90% das reivindicações da categoria já
foram negociadas. “Só podemos falar sobre reajuste quando conseguirmos diminuir
os custos de pessoal. Eles (os professores) têm que avaliar até que ponto
podemos negociar. Isso já foi dito e documentado”, afirmou.
Ainda segundo o chefe da pasta,
os docentes receberam reajuste em 2011 de 13,83%, o dobro da inflação e de
qualquer reajuste para a categoria em outros estados. “Temos três anos pela
frente e estamos cumprindo com tudo que nos propusemos à categoria. Nós,
inclusive, chegamos a apresentar uma proposta de reformulação de carreira que
foi negada pelo sindicato”, disse. “Trabalhamos pelo diálogo, pela negociação,
e esperamos que isso aconteça no decorrer dessa semana. Lamentamos pela greve.
A falta de aulas prejudica a todos”, completou.
Guerra de números
A greve prejudica cerca de 550
mil estudantes. De acordo com um levantamento da Secretaria de Educação, feito
na última sexta-feira, 42% dos cerca de 27 mil professores estão parados. O
Sinpro, por sua vez, alega que aproximadamente 65% dos profissionais cruzaram
os braços. Nenhuma das Escolas do DF parou completamente
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