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quinta-feira, 29 de março de 2012

Pela unificação das carreiras de professor
O Tempo, 29/03/2012 - Belo Horizonte MG

MODESTA TRINDADE THEODORO Pedagoga e professora aposentada
O movimento pela unificação de carreiras de professores nas redes pública e particular de ensino em Belo Horizonte é legítimo. Mesmo que a educação infantil seja uma das etapas mais caras do ensino, os governantes concordam com a unificação desde que o MEC se responsabilize pelo repasse, pois são muitos os municípios que não podem arcar com as despesas. A greve na educação infantil tem como objetivo principal a unificação das carreiras. A consequência da unificação é a equiparação salarial, ou seja: para a mesma função, salário semelhante.

Em 1991, depois de muita luta, professoras do início do ensino fundamental da prefeitura tiveram seus salários equiparados aos dos demais professores. No caso da unificação de carreiras, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) vai mais longe. A pretensão é unificar as carreiras de professores e funcionários. Segundo a CNTE, "uma merendeira da rede pública que tiver o diploma de nível técnico em nutrição escolar terá o direito de ganhar o mesmo que um professor formado no magistério do ensino médio. A diferença serão as gratificações pagas a professores com nível superior e outros títulos ou o tempo de trabalho, mas o salário-base, que precisa constar num plano de carreira nacional, tem que ser o mesmo de acordo com a formação do trabalhador". Desde 2003, há no Senado um projeto de lei que trata do assunto. Nos serviços essenciais, a morosidade para resolver impasses dessa natureza é fatal.

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