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sexta-feira, 30 de março de 2012

Mais um erro em nota de redação
Estado de Minas, 30/03/2012 - Belo Horizonte MG

Glória Tupinambás
Nova discrepância na correção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) mais de quatro meses depois da aplicação da prova. Uma estudante mineira, de 19 anos, conseguiu na Justiça ter acesso ao teste corrigido e constatou uma diferença de 840 pontos nas notas dadas pelos avaliadores na redação. Paula Campos Pereira havia recebido nota final de 120 pontos, numa escala de zero a mil, e, inconformada, moveu ação contra o Ministério da Educação (MEC) para ter direito de conferir os critérios da correção. Graças a uma liminar da Justiça Federal, Paula teve acesso aos dados e constatou que o primeiro corretor havia dado a ela nota de 960 pontos. Em uma segunda avaliação, o resultado foi de 640 pontos. Mas, numa terceira correção, Paula recebeu 120 pontos, que passou a valer como nota final. Segundo o MEC, está previsto no edital do Enem que, todas as redações serão avaliadas por dois corretores e, em caso de diferença de mais de 300 pontos entre as notas, a redação será submetida a uma terceira correção e valerá a última avaliação.

Segundo o advogado de Paula, Cândido Antônio de Souza Filho, a estudante ainda vai decidir sobre a possibilidade de continuar com a ação judicial para reverter o resultado da redação. Mesmo com a nota baixa, Paula conseguiu ser aprovada no vestibular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no curso de ciências socioambientais. “Na época da divulgação do resultado, ela ficou inconformada com a nota e pediu a alguns professores do cursinho que avaliassem a prova.  Na opinião deles, a nota dela não poderia ser inferior a 800 pontos. Por isso, ela decidiu questionar o MEC na Justiça. Ainda aguardo uma posição final da família para definir sobre a continuidade da ação”, disse o advogado.

HISTÓRICO Em janeiro, um outro estudante de Belo Horizonte conseguiu reverter a nota zero na redação do Enem. Depois de protocolar reclamação no MEC, o resultado passou a ser de 440 pontos. No mesmo mês, um candidato de São Paulo teve o desempenho alterado de zero para 880. Os problemas na correção da prova levaram mais de 70 candidatos a recorrer à Justiça para ter acesso à cópia da redação em todo o país, sendo que cerca de 30 pediram que a nota fosse revista.

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