A poucas
semanas do fim do ano letivo, o sindicato dos professores da rede estadual do
Rio Grande do Sul decidiu nesta sexta-feira decretar greve por tempo
indeterminado
Fonte: Folha.com
FELIPE BÄCHTOLD
DE PORTO ALEGRE
DE PORTO ALEGRE
A poucas
semanas do fim do ano letivo, o sindicato dos professores da rede estadual do
Rio Grande do Sul decidiu nesta sexta-feira decretar greve por tempo indeterminado.
A mobilização cobra do governo do Estado o pagamento do piso nacional da
categoria, fixado em R$ 1.187 para 40 horas.
O
sindicato CPERS (Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul) já
vinha ameaçando paralisar as atividades no Estado desde o primeiro semestre.
Primeiro, se desentendeu com o governo Tarso Genro (PT) por conta de uma
reforma da Previdência estadual.
Nas
últimas semanas, o sindicato, que é comandado por uma petista, espalhou
cartazes por ruas de Porto Alegre retratando Tarso com um nariz de mentiroso.
Após a assembleia que decretou a greve, os professores fizeram uma passeata e
uma manifestação em frente à sede do governo.
Os
professores também são contra um projeto do governo de mudanças na educação,
que inclui um novo modelo para promoções e a criação de um mecanismo de
avaliação.
Cerca de
1,1 milhão de estudantes serão afetados pela paralisação. O cronograma do
Estado apontava o fim do ano letivo para até 23 de dezembro.
O
secretário da Educação do Estado, José Clovis de Azevedo, diz que a decisão dos
professores é "absurda", "unilateral" e banaliza o
instrumento de greve. "O governo não tem mais como reajustar salários
neste ano", afirma.
Azevedo
fala que o governo Tarso mantém o compromisso de campanha de pagar o piso até o
fim do mandato, em 2014. Diz ainda que o Estado já pagou uma reposição de 10,8%
em abril deste ano.
Reportagem
da Folha publicada na quarta-feira mostrou que 17 Estados não cumprem a lei do piso nacional.
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