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sábado, 1 de outubro de 2011

GREVE DOS PROFESSORES DO CEARÁ SE CONCENTRA EM FORTALEZA


Sindicato reconhece que boa parte dos professores voltou às aulas no interior, mas afirma que movimento voltou a ganhar força
Fonte: iG
Daniel Aderaldo, iG Ceará
A greve dos professores da rede estadual do Ceará está concentrada em Fortaleza. Na capital cearense, a adesão atinge quase 70% das escolas. No interior, contudo, segundo a Secretaria de Educação do Ceará (Seduc), 13% das escolas têm salas de aulas vazias.
O Sindicato dos Professores do Ceará (Apeoc) reconhece que o movimento sofreu baixas nas últimas semanas em municípios do interior, mas afirma que a sangria foi estancada e que, diante dos últimos capítulos da queda com governo do Ceará, a situação está se revertendo.
Das 154 escolas da rede estadual em Fortaleza, 120 estão afetadas pela greve atualmente, de acordo com a Seduc. O Sindicato Apeoc não tem um balanço oficial sobre o panorama atual das adesões na capital. A reportagem do iG apurou e o número oficial divulgado condiz com o que se observa nas escolas.
Após 56 dias de paralisação, embora a greve permaneça forte na capital, é no interior, onde estão 73% das escolas do Estado, que está o maior contingente de professores. Das 475 escolas distribuídas pelos 183 municípios do interior, a Seduc estima que apenas 63 estejam sem aulas.
A direção do Sindicato Apeoc diz que só terá um panorama preciso do quadro no interior na próxima segunda-feira (3). Segundo os sindicalistas, a assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (30), com a presença de mais de mil participantes muitos do interior – mostrou que os educadores que estavam dando aulas voltaram a paralisar as atividades.
Dois fatos estariam provocando esse fenômeno. Em primeiro lugar, a insatisfação da categoria com o reajuste proposto pelo governo e aprovado pelos deputados, que contempla 130 professores, e deixa de fora outros 35 mil, entre ativos e inativos. Em segundo, a revolta com as cenas de violência do conflito entre manifestantes e policiais na Assembleia.

A suspensão da greve e o retorno às aulas chegou a ser defendido pela direção do sindicato quando o comando de greve foi recebido pelo governador Cid Gomes (PSB). Eles tiveram a promessa de que várias reivindicações seriam atendidas, desde que houvesse uma trégua na greve. Contudo, o sindicato não conseguiu convencer a maioria na assembleia, inclusive atribuindo a derrota a interferência de grupos da extrema-esquerda.

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