A categoria
decidiu suspender a paralisação na última sexta-feira após o governo ter se
comprometido a ''perdoar'' a dívida imposta pela Justiça ao sindicato dos
professores
Fonte: Terra
OMAR JACOB
Direto de Fortaleza
Direto de Fortaleza
Depois de 63 dias de greve, os
professores começaram a voltar ao trabalho nesta segunda-feira nas escolas
estaduais do Ceará. A categoria decidiu suspender a paralisação na última
sexta-feira após o governo ter se comprometido a "perdoar" a dívida
imposta pela Justiça ao sindicato dos professores - superior aos R$ 300 mil,
segundo cálculos da administração estadual - e também prometeu não descontar os
dias não trabalhados no contracheque dos educadores.
"A greve está suspensa por
30 dias, mas pode ser retomada inclusive na assembleia geral que está agendada
para o próximo dia 11 de novembro", disse o vice-presidente do sindicado
Apeoc, Reginaldo Pinheiro, que representa os professores.
A insegurança quanto a possibilidade de a greve ser retomada marcou a retomada das aulas em algumas escolas da capital, Fortaleza.
A insegurança quanto a possibilidade de a greve ser retomada marcou a retomada das aulas em algumas escolas da capital, Fortaleza.
"A gente fica sem saber se
acredita que o governo vá mesmo negociar com os professores", afirmou o
manobrista Cleiton Rocha, que nesta segunda feira pela manhã foi deixar o filho
no Colégio Liceu do Ceará.
Na escola Adauto Bezzera, no bairro Fátima, também em Fortaleza, alguns professores ainda não haviam retomado as atividades. "Eu ainda não sei como vai ser, eu cheguei na minha sala e não tinha ninguém", falou o estudante Renan Rosa, do segundo ano do ensino médio.
Na escola Adauto Bezzera, no bairro Fátima, também em Fortaleza, alguns professores ainda não haviam retomado as atividades. "Eu ainda não sei como vai ser, eu cheguei na minha sala e não tinha ninguém", falou o estudante Renan Rosa, do segundo ano do ensino médio.
Está agendada para a tarde desta
segunda-feira uma reunião entre dirigentes sindicais e a Secretaria de
Educação. A intenção é avançar na negociação de uma nova proposta de plano de
cargos e carreiras da categoria.
Proposta
Na semana passada, o Conselho Estadual do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) apresentou, em uma reunião entre a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ministério Público do Estado (MP-CE), professores e Secretaria de Educação, uma nova proposta de um piso salarial de R$ 1,4 mil para professores do nível médio e R$ 1.820 para os que possuam graduação.
Na semana passada, o Conselho Estadual do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) apresentou, em uma reunião entre a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ministério Público do Estado (MP-CE), professores e Secretaria de Educação, uma nova proposta de um piso salarial de R$ 1,4 mil para professores do nível médio e R$ 1.820 para os que possuam graduação.
Além disso também está previsto,
segundo a proposta, o pagamento de um adicional (interstício) de 5% na mudança
de cada um dos 14 níveis, tanto para educadores do nível médio, quanto para os
professores de nível superior.
No dia 29 de setembro, os
deputados estaduais já haviam aprovado, em caráter de urgência, um projeto de
lei do governo do Estado que estabelece um salário base de R$ 1.187 para os
professores de nível básico, equiparando ao piso nacional da categoria para uma
jornada de 40 horas. A votação aconteceu em meio a protestos dos docentes, que
não concordavam com a proposta
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